O que foi feito deverá
Estamos nos últimos momentos do último dia do ano. Só nos resta dar adeus. O tempo segue, passando. Não é permitido nenhum passo atrás, nem pra tomar impulso.
A euforia da virada, o papel picado caindo dos edifícios e o balanço final, consolidando os balancetes do caminho, se misturam aos brindes, aos abraços, à alegria e aos desejos de paz e felicidade.
Para embalar nossas reflexões e inflexões e acalentar nossos sonhos, que poderão até virar metas para o próximo ano, sugiro que você ouça a música O que foi feito deverá, de Milton Nascimento e Fernando Brant. Clicando no vídeo abaixo, você ouve a interpretação da saudosa Elis Regina, em dueto com Milton Nascimento. Eles emendam a música O que foi feito de Vera, parceria de Milton com Márcio Borges.
Temos que olhar para fora e para frente, sem esquecer do que já conquistamos. E que consigamos sempre aprender com as falhas, que não nos deixam alcançar tudo o que planejamos.
O Que Foi Feito Devera Milton Nascimento / Fernando Brant Fonte: Site Oficial Milton Nascimento O que foi feito amigo De tudo que a gente sonhou O que foi feito da vida O que foi feito do amor Quisera encontrar Aquele verso menino Que escrevi há tantos anos atrás Falo assim sem saudade Falo assim por saber Se muito vale o já feito Mais vale o que será E o que foi feito É preciso conhecer Para melhor prosseguir Falo assim sem tristeza Falo por acreditar Que é cobrando o que fomos Que nós iremos crescer Outros outubros virão Outras manhãs plenas de sol e de luz O Que Foi Feito de Vera Milton Nascimento e Márcio Borges Alertem todos alarmas Que o homem que eu era voltou A tribo toda reunida Ração dividida ao sol De nossa Vera Cruz Quando o descanso era luta pelo pão E aventura sem par Quando o cansaço era rio E rio qualquer dava pé E a cabeça rodava Num gira-girar de amor E até mesmo a fé Não era cega nem nada Era só nuvem no céu e raiz Hoje essa vida só cabe Na palma da minha paixão De Vera nunca se acabe Abelha fazendo o seu mel No campo que criei Nem vá dormir como pedra E esquecer o que foi feito de nós