O combate ao desperdício deve ser permanente

por Luis Borges 23 de novembro de 2017   Gestão em pauta

Uma constatação muito comum para diversas pessoas ao longo de um certo período de tempo, um mês por exemplo, é que o dinheiro no caixa pessoal ou familiar não foi suficiente para bancar todos os gastos e investimentos. Quem consegue observar e analisar as causas desse fenômeno bem como o processo que o gera pode ter boas surpresas. Entre elas podem estar causas como a falta de planejamento, o consumo impulsivo (ou quase doentio), o passo maior que a perna, a manutenção de uma aparência enganosa, um gasto inesperado com a saúde ou com a manutenção da moradia, o desemprego e assim por diante.

O que nem todos conseguem observar e perceber é o quanto se perde e se joga fora pelo ralo em desperdício explícito. Segundo um dos fundamentos da gestão, “quem não mede não gerencia e quem não controla também não gerencia” embora gerenciar não seja apenas controlar.  Será que os gastos de uma família de 2, 3 ou 4 pessoas com alimentação, higiene, limpeza medicamentos e lazer são medidos? No mínimo isso vai ajudar a verificar se o que foi gasto ficou nos limites do orçamento ou acabou indo muito além do previsto. Nesse caso é preciso encontrar as causas da diferença. Será que cotidianamente sobra comida no jantar, frutas se perdem ou o pão amanhecido não vira torrada e vão todos para o lixo? E o que dizer da não percepção de uma torneira pingando uma gota d’água durante dias, do excesso de lâmpadas acesas como se a residência fosse um palácio encantado?

Outro ponto que frequentemente fica negligenciado é o de contratos de telefone fixo, celular, internet e tv a cabo. O que foi assinado 5 anos atrás e nunca mais foi renegociado pode esconder uma perda desnecessária de dinheiro. Vale perder alguns minutos – ou horas – na conversa com o operador de telemarketing para renegociar as condições e valores e economizar.

Se os detalhes é que decidem, como enxergar as perdas advindas de um singelo e fraterno encontro com um grupo de amigos ou de familiares também amigos nas mesas de um bar ou restaurante? Na hora de se fazer os pedidos de bebidas e alimentos cada um pede o que quer, independente do preço. Só não se conversa como será dividida a conta. A prática mais comum nessas ocasiões é simplesmente se fazer a divisão da conta pelo número de participantes do encontro, independente da quantidade consumida individualmente. Assim, os que consomem menos pagam pelos que consomem mais, o que pode até causar um rombo no orçamento individual ou familiar em função da magnitude da conta.

Diversos outros exemplos de desperdícios que podem gerar perdas e comprometer os orçamentos de gastos devem ser lembrados aqui. Basta um pouco de esforço para tentar verificar como e em que foi gasto o dinheiro do orçamento. Infelizmente ainda faltam muita disciplina, método, foco e priorização para aquelas pessoas que não conseguem entender ou explicar o que está acontecendo com elas no plano financeiro.

Será que o que foi narrado aqui só se aplica aos outros ou, de repente, alguns dos aspectos mostrados podem até te ajudar a melhorar?

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