Não vou desistir
O ano que está terminando é também o ano novo que chega conforme mostra a linha do tempo. Os problemas prosseguirão existindo e exigindo soluções para suas causas mesmo que negados, ignorados ou minimizados. Essa é a primeira conclusão a que cheguei ao balançar a roseira que simboliza o conjunto dos acontecimentos que marcaram minha vida nesses últimos 365 dias. Os caules que trouxeram folhas e espinhos, se encarados com a devida inteligência estratégica, poderão gerar até rosas.
O que a realidade nos mostra é a necessidade de se ter muita resiliência para continuar enfrentando as dificuldades impostas pela conjuntura, em que predominam as estratégias de sobrevivência. Enquanto isso, as redes sociais rugem, a recessão econômica vai ser muito mais prolongada que o imaginado e os políticos partidários que privatizaram o Estado com seus três poderes continuarão testando a paciência do povo até que venham novos e potentes gritos das ruas. Se a barragem romper… o que será do mercado financeiro, já que quem tem dinheiro ganha dinheiro e quem ainda consegue trabalho tem que trabalhar? Tudo isso vai acontecendo enquanto a popularidade e a credibilidade do Presidente da República derretem conforme mostram as pesquisas de opinião. Percebo também que não há milagre visível ou previsível no horizonte próximo. Mas 2017 será encarado de frente, sem heroísmos, com a paciência e a persistência de quem não desiste nunca no jogo que é jogado.
Parafraseando o cantor e compositor Geraldo Vandré em sua música O plantador reafirmo que “quanto mais eu ando, mais vejo estrada. E se eu não caminho, não sou é nada”. Portanto não vou desistir, e nem tenho esse direito, diante da crença de que não é justo viver e padecer nas condições em que nos encontramos atualmente. Podemos muito mais e, para isso, também precisamos continuar lutando e aperfeiçoando os métodos, os nossos caminhos.