Não quero mais amar a ninguém
É dia dos namorados outra vez. Também pudera, o amor é lindo, existe e persiste entre pessoas. Ele também agrada ao comércio, onde nasceu para combater as vendas fracas de um mês de junho. O dia 12 ficou perfeito para celebrar o amor e trocar presentes na véspera de Santo Antônio, o santo casamenteiro. Se tudo vai bem, obrigado, é sinal de que o amor floresce e prospera na complexa arte de viver a felicidade pelos desafiantes momentos.
Mas, e se vier o fracasso? E se o amor não virar o que dele se esperava e o namoro se tornar algo que deixou de ser? É como se tudo estivesse num ponto mas, de repente, prevaleceu o contraponto e a certeza definitiva de que tudo passou. O que fazer para combater o desencanto e prosseguir buscando a arte do encontro?
Nessa véspera do dia dos namorados resolvi focalizar esse outro ângulo. Lembrei-me de uma música de Cartola, feita por ele em 1937, quando tinha 29 anos. Nessa música ele teve as parcerias de Carlos Cachaça e Zé da Zilda. Ouça na voz de Ney Matogrosso.
Não quero mais amar a ninguém Fonte: Rádio UOL Não quero mais amar a ninguém Não fui feliz, o destino não quis O meu primeiro amor Morreu como a flor, ainda em botão, Deixando espinhos que dilaceram meu coração. Semente de amor sei que sou desde nascença, Mas sem ter a vida e fulgor, eis minha sentença, Tentei pela primeira vez um sonho vibrar, Foi beijo que nasceu e morreu, sem se chegar a dar. (bis da primeira parte) Às vezes dou gargalhada ao lembrar do passado, Nunca pensei em amor, nunca amei nem fui amado, Se julgas que estou mentindo, jurar sou capaz, Foi simples sonho que passou e nada mais