E vamos à luta
A obra do economista, compositor e cantor Luiz Gonzaga Júnior, o Gonzaguinha (1945 – 1991) acaba sempre nos trazendo um alento também em momentos difíceis e incertos como os de agora. Se estamos a menos um ano das próximas eleições gerais e os políticos partidários prosseguem em suas tenebrosas transações em Brasília, há um outro Brasil que resiste, sem estar isento de alguns equívocos, e persiste de maneira difusa rumo às mudanças que se fazem necessárias em nome da sobrevivência da nação.
Se as perspectivas são de alto índice de renovação entre os postulantes, espero que ela ocorra em consonância com o aumento da capacidade das pessoas para separar o que é joio e o que é trigo em eleições de voto obrigatório, coligações partidárias e financiamento público das campanhas e autofinanciamento ilimitado. Se o que importa é não estar vencido, mas é preciso saber com quem caminhar e fazer alianças, que tal ouvir Gonzaguinha em sua música E vamos à luta, lançada em 1980, ainda nos tempos da ditadura militar?
E vamos à luta Fonte: Letras.mus.br Eu acredito É na rapaziada Que segue em frente E segura o rojão Eu ponho fé É na fé da moçada Que não foge da fera E enfrenta o leão Eu vou à luta É com essa juventude Que não corre da raia À troco de nada Eu vou no bloco Dessa mocidade Que não tá na saudade E constrói A manhã desejada...(2x) Aquele que sabe que é negro O coro da gente E segura a batida da vida O ano inteiro Aquele que sabe o sufoco De um jogo tão duro E apesar dos pesares Ainda se orgulha De ser brasileiro Aquele que sai da batalha Entra no botequim Pede uma cerva gelada E agita na mesa Uma batucada Aquele que manda o pagode E sacode a poeira Suada da luta E faz a brincadeira Pois o resto é besteira E nós estamos pelaí... Acredito É na rapaziada Que segue em frente E segura o rojão Eu ponho fé É na fé da moçada Que não foge da fera E enfrenta o leão Eu vou à luta É com essa juventude Que não corre da raia À troco de nada Eu vou no bloco Dessa mocidade Que não tá na saudade E constrói A manhã desejada... Aquele que sabe que é negro O coro da gente E segura a batida da vida O ano inteiro Aquele que sabe o sufoco De um jogo tão duro E apesar dos pesares Ainda se orgulha De ser brasileiro Aquele que sai da batalha Entra no botequim Pede uma cerva gelada E agita na mesa logo Uma batucada Aquele que manda o pagode E sacode a poeira Suada da luta E faz a brincadeira Pois o resto é besteira E nós estamos pelaí Eu acredito É na rapaziada!