Curtas e curtinhas
A queda dos cheques
Em março de 2005 a centralizadora da compensação de cheques processava 170 milhões desses documentos por mês. Em outubro de 2017 eram apenas 42 milhões. Foi o bastante para o Banco Central determinar que todos os cheques, independente do valor, devem ser compensados em um dia útil. Há um prazo para os bancos se adaptarem. Atualmente os cheques com valor abaixo de R$300,00 são compensados em dois dias úteis.
Também pudera. Andar com um talão de cheques com até 20 unidades é sempre inseguro e, em muitos tipos de negócios, não se aceita cheques por medo de calotes. Enquanto isso floresce o uso do cartão para debito ou crédito e, conforme o montante, da TED. Vamos aguardar para verificar quando os cheques deixarão de existir.
R$1,2 milhão por hora em 2018
É o que custará o Congresso Nacional de acordo com um levantamento feito pela ONG Contas Abertas em cima do Orçamento da União Federal para 2018. Serão R$10,5 bilhões para serem gastos pelo Congresso Nacional, o que significará gastar R$1,2 milhão por hora. A Câmara dos Deputados, com 513 parlamentares, receberá R$6,1 bilhões e o Senado Federal, com 81 Senadores, terá direito a R$4,4 bilhões. Vale lembrar que na Câmara 80,4% do orçamento se destinará ao pagamento dos salários e encargos sociais dos servidores e no Senado ficará em 84%. Outro número interessante é o de servidores da Câmara dos Deputados. Atualmente são 15.800, dos quais 3.344 (21,16%) são concursados e 12.456 (78,84%) são contratados por recrutamento amplo, sendo 10.883 do secretariado parlamentar e 1.573 ocupantes de cargos de natureza especial. Nessa toada quando será que o Congresso Nacional contribuirá para o ajuste das contas públicas?
Será uma nova ponte?
Em novembro de 2015 o PMDB lançou seu programa “Uma ponte para o futuro”. Agora, dois anos depois, o PSDB está lançando o documento “Gente em primeiro lugar: o Brasil que queremos”, contendo o programa que orientará o partido rumo às eleições presidenciais de 2018. Segundo o texto a primeira prioridade estratégica é a retomada do crescimento, seguida pelo combate à pobreza e a desigualdade. Na economia é proposto um choque de capitalismo, dobrar a renda per capita em 20 anos, enxugar a maquina estatal e reduzir burocracia. No aspecto social estão os clássicos educação e saúde universais, segurança como prioridades e a reavaliação do acesso de ricos aos serviços públicos gratuitos. O último aspecto abordado é o político, onde se destacam a defesa do parlamentarismo, do voto distrital misto, a reforma das estruturas políticas e o voto facultativo.
Agora é fazer com que as intenções se transforme em gesto. Será?
Minha casa, minha vida
“Cadeia de Valor e Importância Socioeconômica da Incorporação Imobiliária no Brasil” é o título do estudo feito pela Fipe em parceria com a Associação Brasileira das incorporadoras Imobiliárias. Ele mostra que, de 2008 a agosto de 2017, quase 10 anos, o programa “Minha Casa, Minha Vida” foi responsável por 77,8% dos lançamentos imobiliários, enquanto o segmento residencial de médio e alto padrão ficou com 20,7% e o comercial com 1,6%. O estudo mostra também que em 2017 foram lançados 307 mil unidades de janeiro a agosto e que no pico do setor, em 2013, o número de lançamentos chegou a 1 milhão de unidades. Já o auge das vagas de trabalho se deu em 2014, com 2,5 milhão de pessoas ocupadas, enquanto de 2010 a 2017 a média anual de empregados foi de 1,9 milhão. Nesse mesmo período chegou a R$19,7 bilhões a média anual de tributos pagos pelo segmento de incorporações aos cofres públicos. Como serão os números do setor nos últimos 4 meses deste ano e o que está sendo projetado para o ano de 2018?