Curtas e curtinhas

por Luis Borges 5 de julho de 2017   Curtas e curtinhas

A epidemia de transtornos mentais

Esse é o tema da conferência que será feita pela professora Maria Aparecida Affonso Moysés, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, no dia 21 de julho às 10h30min na UFMG em auditório a ser definido. A conferência faz parte da programação da 69ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Segundo a professora e pesquisadora:

“É importante não falarmos em epidemia de transtornos mentais, e sim, em epidemia de diagnóstico de transtornos mentais. A medicalização está diretamente ligada a essa epidemia, porque, nos dias atuais, qualquer problema está sendo diagnosticado como transtorno mental. Sentimentos psíquicos que fazem parte da vida de qualquer pessoa, como os momentos de tristeza, por exemplo, estão sendo diagnosticados como depressão. A quantidade de diagnósticos mostra que há algo estranho nesse campo, a ponto de se pensar que talvez a normalidade tenha sido descartada. Nos Estados Unidos, registros dão conta de que 46% da população sofrem com algum tipo de transtorno mental. É um número absurdo, que nos mostra que há algo errado”.

Recesso no Supremo Tribunal Federal

Já estamos no mês de julho, portanto, período do recesso de meio do ano do Supremo Tribunal Federal, que só voltará às suas atividades em primeiro de agosto. Na sequência já está programado o recesso de 10 dias por ocasião do Natal e Ano novo e as férias do mês de janeiro de 2018. Como se vê, só no período citado, os 11 Ministros do STF tem 20% dos dias do ano livres, sem ter que comparecer ao trabalho. Enquanto isso aproximadamente 100 mil processos se acumulam no STF à espera de julgamento final, sendo que os mais antigos da fila estão lá há 21 anos. Quando alguém critica a lentidão da justiça geralmente o que se vê é nariz torcido, cara de paisagem ou alegação de complexidade nos processos judiciais.

Sinal amarelo na meta de déficit público

Passados 6 meses do ano de 2017 vai ficando cada vez mais claro que o PIB não terá o crescimento imaginado nas premissas do Orçamento Federal. A arrecadação de tributos prossegue em queda, as despesas continuam crescendo e trombando com o teto dos gastos públicos enquanto as receitas extraordinárias não estão se viabilizando. O sinal amarelo começa chamar a atenção para a incapacidade de se atingir a meta de déficit público de R$139 bilhões. Não será surpresa se brevemente a equipe econômica do Governo Federal solicitar ao Congresso Nacional uma alteração na LDO visando passar a meta de déficit para R$170 bilhões ou até mesmo R$200 bilhões. Caso contrário o jeito será o impopular e rejeitado Presidente da República começar a dar suas pedaladas fiscais e aumentar os contingenciamentos de gastos previstos no orçamento. Quem viver verá.

Tudo no caixa do Tesouro Federal

Quando a Polícia Federal anunciou no final de junho a suspensão da emissão de passaportes devido à falta de verbas em seu orçamento a pergunta que todo mundo fez foi sobre o destino que tem a taxa de R$257,25 cobrada pela sua emissão nas condições normais. Isso sem falar que, nos casos considerados emergenciais, a taxa é de R$334,42. Ficou evidente que esses recursos caem direto na conta do Tesouro Nacional, também chamado de “caixão central”. Ou seja, entrar lá é até fácil, o difícil é sair já que a arrecadação como um todo continua caindo.

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