Curtas e curtinhas
30 mais 30 – O prazo inicial de trinta dias venceu, mas não ficou pronto o laudo sobre as causas da queda do viaduto Batalha dos Guararapes, na avenida Pedro I em Belo Horizonte. Um prazo igual foi pedido para o fim das investigações e emissão do laudo da Policia Civil, o que também vai se consolidando na cultura do ganhar tempo. Enquanto isso laudos, contra-laudos e relatórios vão sendo divulgados pelos diversos públicos envolvidos no caso.
Seis meses – Imagine como estará a vida dos moradores dos dois edifícios que tornaram-se vizinhos de janela do viaduto da avenida Pedro I daqui a seis meses. Que fatos e dados relevantes poderíamos citar sobre o calvário de moradores dos bairros Buritis, Cruzeiro e Caiçara, cujos prédios residenciais tiveram problemas nas estruturas ou simplesmente caíram de 2012 para cá? Até agora o que mais prevalece é o sofrimento das pessoas e famílias a comprovar que “se a glória é coletiva, a desgraça é individual”, já que o poder público tem seu ritmo próprio.
Saneamento rural – A Confederação Nacional da Agricultura ouviu alguns candidatos ao cargo de Presidente da República. De generalidades em generalidades, falaram em créditos, exportações, armazenamento, logística… mas não se lembraram do saneamento rural, apesar do decantado discurso da sustentabilidade ambiental.
Meta e jeitinho brasileiro – Não custa relembrar. Os fundamentos da gestão estruturada nos ensinam que meta é um objetivo com valor e prazo a serem cumpridos. Assim sendo, o Conselho Monetário Nacional estabeleceu que a meta de inflação anual no país é de 4,5%, medida pelo IPCA/IBGE. Mas o jeitinho brasileiro criou o teto e o piso da meta, com variação de dois pontos para cima ou para baixo. Na prática, e diante da incapacidade de atingir o centro da meta, o Banco Central persegue há mais de um ano um novo objetivo, não ultrapassar os 6,5% a cada doze meses.
Imposto de renda – Essa meta de 4,5% só tem servido para corrigir a tabela do Imposto de Renda, o que, na prática, aumenta a carga tributária e reduz o poder aquisitivo pela diferença permanente entre o projetado e o que acontece na realidade.
Veículos abandonados – Entrou em vigor na cidade de Araxá-MG, a 380 km de Belo Horizonte, a Lei que autoriza a Prefeitura Municipal a recolher os veículos automotores abandonados por mais de 15 dias em vias públicas. Montes Claros, Contagem e Varginha também já tem leis semelhantes. Bem que a prefeitura de Belo Horizonte poderia fazer o mesmo, pois os veículos abandonados em vias públicas aumentam a cada dia em todas as regiões da cidade. Dizer que faltam recursos não vale, pois metade do IPVA vai para os municípios e ainda existe o faturamento com as multas de trânsito.
Dinheiro ou cartão – O Senado, casa revisora de leis, aprovou projeto que permite a diferenciação de preços nas compras feitas com pagamento em dinheiro ou em cartão. Só que não conseguiu explicitar se o pagamento pelo cartão de débito é considerado como dinheiro. Agora, o projeto de lei segue para apreciação e votação na Câmara dos Deputados, casa que elabora as leis. Acaso seria esse o poder legislativo bicameral invertido?