Curtas e curtinhas

por Luis Borges 29 de outubro de 2015   Curtas e curtinhas

13º salário para pagar dívidas

Uma pesquisa da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) feita com 1.037 consumidores de todas as classes sociais mostrou que 74% dos entrevistados vão usar o 13º salário deste ano para pagar dívidas. Esse comportamento é um hábito de fim de ano mas, em 2015, vai atingir ainda mais gente – o número é 8,8% maior que o de 2014. A maior parte vai pagar dívidas com cartões de crédito e cheque especial. Também pudera, a inflação alta corrói a renda, as taxas de juros são altíssimas e o desemprego prossegue aumentando.

Será que o 13º vai ser suficiente pra pagar todas as dívidas? Ou vai servir apenas para tampar o buraco de alguns dentes?

abuso financeiro contra idosos

Fraudes eletrônicas

O envio de SMS economizou 43 milhões de reais para o Banco do Brasil ao evitar fraudes. Os clientes do banco receberam 96 milhões de mensagens por celular, que foram enviadas quando havia transações fora do comum em cartão de crédito e outras modalidades. Quando o cliente respondia dizendo que desconhecia a transação, o sistema era interrompido.

Esses golpes eletrônicos continuam a nos desafiar, exigindo controle e atenção quando usamos os dispositivos tecnológicos que nos conectam no grande mercado da Terra.

Mobilidade urbana

O programa Mobilidade Urbana e Trânsito tem, no orçamento deste ano, mais de 4 bilhões de reais reservados. Até setembro, 17% do valor orçado foi gasto.

Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) mostrou que os indicadores e metas estabelecidos pelo Governo Federal não são capazes de avaliar o alcance dos objetivos da Política Nacional de Mobilidade Urbana.

E, por fim, uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria mostra que 36% dos brasileiros consideram o transporte público ruim ou péssimo, índice que aumentou desde 2011, quando era de 26%.

Três dados, de fontes diferentes, que dão pistas dos desafios presentes nos nossos sistemas de transporte público.

Corte de gastos

O Ministério do Planejamento e Gestão adiou o corte de 3 mil cargos comissionados, previsto na reforma administrativa. Pesou na decisão a insatisfação de membros da volátil base aliada, que sempre negocia o apoio ao Poder Executivo a cada projeto que se encontra em possibilidade de votação.

Haja impostos e contribuições para sustentar tantos gastos que não são necessariamente devolvidos à sociedade com a prestação de serviços em quantidade e qualidade esperados.

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