Curtas e curtinhas
Realismo tarifário
O tarifaço da energia elétrica gerou um aumento médio em torno de 50% nas contas dos consumidores. Um dos reflexos imediatos apareceu nos índices mensais crescentes de inflação. De uma forma ou de outra, para mais ou para menos, todo mundo foi atingido. Os estados aumentaram o faturamento com o ICMS e a União cresceu a sua parte com PIS e COFINS, mesmo com a redução do consumo residencial e empresarial.
No entanto é interessante notar como a União foi atingida pelo lado do consumo dos órgãos públicos. De janeiro a agosto deste ano a administração pública federal já gastou R$1,3 bilhão com energia elétrica, valor bem superior aos R$869,8 milhões gastos em igual período do ano passado. É importante lembrar que no final de 2012 o Governo Federal anunciou solenemente uma redução média de 20% no valor das contas de energia elétrica.
Materiais de construção
As vendas de materiais de construção caíram 6% em agosto deste ano em relação ao mesmo mês de 2014 de acordo com pesquisa da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção). De positivo, a pesquisa mostrou que as vendas de cimento cresceram 7% e as de tintas 3% em agosto, o que, para o presidente da associação, aponta que o brasileiro está voltando a reformar e investir em pequenas obras. Ainda bem pois, do ponto de vista técnico, o Brasil já está em recessão econômica.
Contribuições para os sindicatos
Os trabalhadores e empregadores brasileiros são representados por sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais. O número de entidades ultrapassa 10 mil e elas já receberam R$3,1 bilhões neste ano, oriundos da contribuição sindical obrigatória. Na prática, esse tipo de representação tornou-se uma verdadeira indústria, na qual muitos dirigentes tentam se eternizar por meio de sucessivos mandatos e apego ao poder. O que nunca se fala é sobre a avaliação do desempenho desses dirigentes.