Curtas e curtinhas
Chá de panela
Renovar é preciso, mesmo em tempos de ajuste fiscal e queda na arrecadação de impostos. É o que dá para inferir do orçamento da Câmara dos Deputados, que vai gastar R$953.500,00 na compra de móveis e eletrodomésticos. Eles se destinam aos apartamentos funcionais, onde residem Deputados Federais em exercício efetivo da função, e à própria sede do Poder Legislativo. O empenho de valor mais alto foi de R$571.000,00 para a compra de móveis para sala de jantar, sendo 144 mesas de 6 lugares, 144 armários para apoio de serviços, 720 cadeiras sem apoio de braço e 144 cadeiras com apoio de braço.
Também foram empenhados recursos para a aquisição de 72 refrigeradores, 96 fogões de 5 bocas, 72 depuradores de ar para fogões de 5 ou 6 bocas, 25 cafeteiras elétricas com capacidade para 5 litros, 40 unidades de frigobar branco, 22 ventiladores de coluna e 96 máquinas de lavar roupa.
Já que o gasto não pode ser adiado para outro momento mais favorável ao país, o jeito é esperar que os novos bens contribuam para o aumento da produtividade dos Deputados Federais.
Intercâmbio para idosos
O envelhecimento ativo e feliz já conta com mais um produto para quem tem 60 anos ou mais, aqueles considerados idosos segundo a legislação brasileira. Trata-se do intercâmbio, originalmente voltado para adolescentes e jovens adultos, que nos últimos anos tem crescido muito entre os idosos. Aprender uma língua estrangeira ou mesmo se aperfeiçoar passou a ser uma opção às viagens meramente turísticas. Isso já acontecia na Europa, principalmente na Alemanha e nos países escandinavos. Saiba mais aqui.
Combate à evasão escolar
Finalmente o Ministério da Educação despertou para o combate à evasão escolar no Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), que só no ano passado teve quase 1 milhão de alunos abandonando seus cursos. Uma medida obrigatória a partir de agora é o registro mensal da frequência dos alunos, a ser feito pela instituição de ensino em um sistema online. Com isso, os recursos só serão repassados para pagar as mensalidades dos alunos frequentes. Até então o MEC liberava os recursos simplesmente em função do número de alunos matriculados. Pelo visto deve aumentar a luta das instituições para manter os alunos em sala de aula. O que será que elas usarão como qualidade atrativa para reter os alunos? Por outro lado, o ajuste fiscal das contas públicas está obrigando o próprio governo a rever seus processos e a fazer boas descobertas de fontes de desperdícios.
Protestos de títulos em alta
O Instituto de Estudos de Protestos de Títulos do Brasil informou que a quantidade de dívidas protestadas nos cartórios da cidade de São Paulo cresceu 76% em julho quando se faz uma comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação ao mês de junho desse ano, a alta foi de 24,3%.
Segundo o Instituto, foram registrados 111,4 mil documentos para protestos, entre os quais estão cheques, promissárias e duplicatas.
A travessia não está nada fácil e não dá sinais de quando terminará. Haja realismo e esperança!