Curtas e curtinhas

por Luis Borges 6 de agosto de 2015   Curtas e curtinhas

Preço da água

Segundo a Folha de São Paulo, a Sabesp, empresa de saneamento básico do estado de São Paulo, estuda novas formas de cobrar pela água de abastecimento. Um dos itens estudados é a tarifa mínima, que hoje atinge quem consome de 0 a 10 mil litros de água por período de medição. Nesses casos, é cobrada uma tarifa única. Uma das propostas que está sendo analisada prevê uma assinatura mensal pela disponibilidade do serviço seguida do cobrança do volume de água consumido.

Em Minas, a Copasa já trabalha há um bom tempo com o volume de 6 mil litros para a conta mínima. Como a meta de reduzir em 30% o consumo mensal de água está difícil de ser atingida, tem ficado em torno de 15%, não será surpresa se uma proposta semelhante surgir por aqui. Vamos ver como será a travessia do período seco e o avanço da mudança de hábitos para um uso mais racional da água.

Bandeira vermelha

No mês de agosto continua a vigorar a bandeira vermelha, que indica piores condições para geração de energia elétrica e tarifação de R$5,50 a cada 100kw/h consumidos. O que nunca fica claro é que, sobre esse valor, ainda incidem impostos como o ICMS, o Pis/Pasep e a Cofins. Tomando como exemplo um consumidor residencial de Belo Horizonte que consumiu 214kw/h em julho, veremos que sua conta mostrou a bandeira vermelha no valor de R$18,71. Conferindo os cálculos, será possível verificar que 214kw/h multiplicados por R$0,55 resultarão em R$11,77. Se diminuirmos esse valor dos R$18,71 cobrados na conta, perceberemos que a diferença de R$6,94 é só para os impostos, ou seja, algo em torno de 37%. O consumidor que não confere as suas contas e o que não se informa sobre o que está embutido em cada lançamento será sempre um usuário confortável para a distribuidora de energia e os governantes. Aliás, transparência é muito mais um discurso do que uma prática. O escondidinho é muito mais conveniente e só desafia quem fuça em busca de informações.

Bradesco e HSBC

O Bradesco adquiriu as operações brasileiras de varejo do HSBC e já anunciou que não haverá demissões em massa em função do processo de unificação. A expressão foi clara, e não nega demissões, apenas demissões em massa. Os bancários já conhecem essa tecnologia do setor financeiro, que foi plenamente utilizada quando o banco Itaú comprou o Unibanco. É apenas mais do mesmo em plena recessão econômica. Mas o setor financeiro vai muito bem obrigado, com ótimas taxas de juros, tarifas de serviços bancários bem elevadas, incremento da tecnologia da informação e muita “empurração” de produtos nos seus clientes. Aliás, ao forçar a barra, muitos clientes sequer são consultados e, de repente, descobrem que a conta corrente passou a ser vinculada com a da poupança ou que um cartão de crédito já foi feito em seu nome, e só falta ser desbloqueado.

Comprando no bairro

O Sebrae lançou nesta quarta, 5 de agosto, um movimento para incentivar a compra de bens e serviços dos micro e pequenos empresários. O “dia D” será em 5 de outubro, quando o Estatuto da Micro e Pequena Empresa, assinado em 1999, faz aniversário.

São 5 argumentos pra sensibilizar os consumidores para a causa – as  micro e pequenas empresas ficam perto da sua casa, o dinheiro fica no seu bairro, o pequeno negócio ajuda a comunidade local e pode contribuir para a sua transformação e crescimento. Além de 52% dos trabalhos formais, no país, estarem nesse tipo de empresa.

E você, compra mais no pequeno varejo do seu bairro ou nos grandes shoppings?

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