Curtas e curtinhas
Realismo tarifário – O Governo Federal continua voltando atrás nos parâmetros utilizados para a redução das tarifas de energia elétrica em 2012, que caíram de 18% a 30% conforme o segmento consumidor. Agora cogita retirar a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) da tarifa paga pelos grandes consumidores industriais, o que produziria efeitos a partir de 2016. É claro que vai sobrar de novo para o consumidor residencial, que já foi esmagado pelo tarifaço imposto pelo realismo tarifário neste ano. Não há poder aquisitivo que aguente!
Queda de consumo – Dados preliminares divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica apontam queda de 5% no consumo de energia do mercado cativo na primeira quinzena de abril quando comparada ao mesmo período do ano passado. É mais um sinal de que a projeção de queda do PIB de pelo menos 1% neste ano tem tudo para se confirmar.
Minério de ferro – Enquanto a tonelada do minério de ferro exportado pela Vale está abaixo de USD$60,00 a tonelada, o ferro-nióbio exportado pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) está valendo USD$45,00 o kg. Os participantes da Previ, Fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, devem estar bastante preocupados com a queda dos preços do minério de ferro, já que o fundo é o maior investidor individual da Vale. A gestão do risco deve ser permanente, inclusive para aqueles que sonham com o capitalismo sem riscos.
Terceirização – Dados oficiais do México mostram que o país possui 8,32 milhões de pessoas trabalhando como sub-contratados, o que lá é sinônimo de terceirização. Isso equivale a 16% da população economicamente ativa. É bom lembrar que 60% dos trabalhadores do país trabalham na informalidade e que os sindicatos dos trabalhadores ainda lutam para ser respeitados e por leis trabalhistas. O fato é que a terceirização avança no mundo inteiro e sempre na direção da precarização e do aumento dos lucros de quem se utiliza dela em nome da redução forçada dos custos.
Leão – A Receita Federal quer recuperar algo em torno de R$7 bilhões em cima de aproximadamente 280 mil contribuintes que, em sua maioria, inventaram despesas ou deixaram de informar rendimentos na Declaração do Imposto de Renda de 2014. Ela se mostra muito ciosa na sua atribuição de arrecadar os impostos federais, entre eles o Imposto de Renda da Pessoa Física. Pena que coube à Polícia Federal em sua operação Zelotes demonstrar a possibilidade de perda de R$ 19 bilhões por causa de negociações envolvendo conselheiros do CARF (Conselho de Administração de Recursos Fiscais), na mesma Receita.