Curtas e curtinhas
Classe C – Pesquisa do Instituto Data Popular, divulgada em 20/02, mostrou que 47% dos integrantes da classe C estão comprando menos nos supermercados do que há seis meses. Já 41%dos entrevistados disseram que estão comprando a mesma quantidade e apenas 12% aumentaram suas compras. Você, em sua categoria de renda, se situa em qual das três situações pesquisadas?
Mais impostos – Após a volta da Cide (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) e do aumento da alíquota de PIS e Cofins para os combustíveis, agora o Ministro da Fazenda está propondo a incidência de PIS e Cofins para as operações de crédito financeiro a partir de 2016. Também está propondo o aumento do percentual do ICMS para o local do destino de bens e redução na origem. Após o aumento da carga tributária o ministro fala candidamente que existem condições políticas para se tentar aprovar no Congresso Nacional uma reforma tributária, surrado tema há pelo menos duas décadas na conjuntura brasileira. Quem vai querer abrir mão de qualquer centavo advindo da grande gula arrecadatória?
Renda – Foi de R$1.052,00 a renda mensal per capita do cidadão brasileiro em 2014 conforme a PNAD Contínua do IBGE. Entretanto a média mascara a amplitude existente quando se faz a comparação por estados. O Distrito Federal apresenta a maior renda, R$2.055,00, enquanto Alagoas ficou com a menor, de R$604,00. Minas Gerais ficou em nono lugar, com renda de R$1.049,00, ligeiramente inferior ao Espírito Santo, que registrou renda exatamente igual à média nacional. Haja dinheiro para pagar mais impostos e repor a perda do poder aquisitivo decorrente do crescimento da inflação no período!
Em queda – Indicadores que medem o desempenho brasileiro em diversos aspectos da vida estão sendo divulgados em profusão. É notória a queda livre da maioria deles quando comparados com valores de meses ou anos anteriores. Vamos a alguns exemplos. A exportação brasileira de eletroeletrônicos caiu 22,3% na comparação entre janeiro deste ano com o mesmo mês do ano passado. O índice de confiança do consumidor em São Paulo recuou 17,2% em fevereiro na comparação com o mesmo período de 2014. Segundo a Federação do Comércio de São Paulo, o índice de aferido neste ano só perde para o de fevereiro de 2003, quando ficou em 103,5 pontos. A escala desse índice vai de 0 a 200. Já a quantidade de carteiras de trabalho assinadas caiu 1,9% em janeiro deste ano quando comparado ao de 2014. Mas ainda assim caminhemos com o nosso realismo esperançoso.
Comércio na fronteira – A fúria arrecadadora de impostos e contribuições para viabilizar, de qualquer maneira, o ajuste fiscal da União em 2015 fez a Receita Federal reduzir a cota de gastos isenta de impostos para viagens terrestres. Quem vai ao Paraguai pela Ponte da Amizade, por exemplo, terá a cota reduzida de U$300,00 para U$150,00 a partir de julho. Na imprensa e à “boca miúda” diz-se que os comerciantes de cidades paraguaias que ficam na fronteira com o Brasil estão em pânico e prenunciam uma quebradeira se a medida não for revertida. Desconfio que turistas e “sacoleiros” também. A conferir.