Curtas e curtinhas
Telemarketing perturbador
Mais uma vez a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que regulamenta e fiscaliza o setor, tenta colocar um freio nas invasivas e abusivas práticas do telemarketing. A Anatel determinou que daqui a 30 dias deve ficar pronta a lista “não perturbe”, contendo os números dos telefones que não querem receber este tipo de ligação. Só mesmo conferindo os resultados efetivos dessa medida após o prazo estabelecido, pois fiscalizar o cumprimento dos direitos do consumidor não tem sido o foco da Anatel, apesar de ser uma das suas missões.
Festas juninas
Enquanto as festas juninas estão acontecendo pelo país afora está chegando o feriado de Corpus Christi na próxima quinta-feira, que pode virar uma boa emenda. Quem deve estar adorando tudo isso são os parlamentares, principalmente deputados e senadores, que precisam estar em suas bases no dia de São João, 24 de junho. Afinal de contas teremos eleições municipais no segundo semestre do ano que vem e isso interessa a todos. O parlamento tem seu ritmo e também a cultura de não trabalhar nas semanas que tem algum feriado. A tão decantada renovação ocorrida nas últimas eleições foi muito mais de nomes do que de posturas e atitudes no cotidiano da vida parlamentar.
Greve contra a Reforma da Previdência
Os metroviários de Belo Horizonte aderiram à greve geral contra a Reforma da Previdência Social no dia 14/06 e não acataram a determinação da Justiça do Trabalho para que houvesse uma escala de atendimento mínimo no início da manhã e final da tarde. É interessante observar, que mesmo com a ampla divulgação da adesão dos metroviários à greve em diversas mídias, muitos foram os usuários que se dirigiram às estações do metrô e se disseram surpresos com os portões fechados, alegando desconhecimento do fato. Será que informação demais é contra informação ou está faltando foco às pessoas naquilo que realmente conta para as suas vidas?
Preços dos planos de saúde
Um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que o preço dos planos de saúde subiram 382% em 18 anos, mais que o dobro da inflação do setor no período. O aumento ficou muito acima da inflação oficial medida pelo IPCA do IBGE, que foi de 208%, e também mais que o dobro da inflação específica do setor de saúde, que ficou em 180%.
Apesar da Agência Nacional de Saúde Suplementar considerar tecnicamente inadequadas as comparações feitas entre o índice de reajuste dos planos de saúde individuais e índices de preços ao consumidor, o fato é que ninguém melhor que o consumidor desses mesmos planos para dizer o quanto pesam em seu bolso esses aumentos astronômicos, principalmente quando comparados com a perda de seu poder aquisitivo no mesmo período e cujas causas são por demais conhecidas no capitalismo brasileiro. É o que temos.