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por Luis Borges 18 de maio de 2015   Vale a leitura

A vida é como a dengue – Um amigo foi diagnosticado com dengue e chegou a apresentar 53 mil plaquetas segundo o laudo de um dos exames de sangue, quando o esperado é algo entre 150 e 400 mil plaquetas. No período de 12 dias em que “ficou de molho” para se recuperar, ele acabou fazendo, também, uma análise crítica do seu ritmo e estilo de vida. Outro que refletiu sobre o assunto foi Renato Essenfelder, no texto A vida é como a dengue.

Não era dengue, era a vida. Aquela doença que me andava deprimindo, exaurindo, que na quinta-feira às sete horas da noite engolfou meu corpo na cama como um oceano de algodão – era a vida

Eu acredito – A corrupção está nas mídias e o caso da Petrobras na Operação Lava Jato da Polícia Federal tornou-se emblemático. Agora aconteceu uma cerimônia para marcar a devolução de R$157 milhões à empresa, que foram recuperados das contas de um ex-gerente. Parece pouco diante dos R$6 bilhões assumidos como perdidos para a corrupção, mas já é um sinal de alguma consequência para esse tipo de crime. É o que comenta o jornalista Eduardo Costa no artigo Eu acredito, publicado em seu blog. Ele parafraseia Ariano Suassuna dizendo que “todo pessimista é um chato, todo otimista é um bobo; eu sou é um realista esperançoso”.

Valores democráticos – Estamos vivendo um momento em que os valores democráticos, tão citados nos discursos de muita gente, não aparecem nas práticas dessa mesma gente. Os pontos de vista geralmente têm sido arduamente defendidos e as posições têm se polarizado quase que na base do 8 ou 80, como se não houvesse outras possibilidades, inclusive mais equilibradas. Frequentemente surgem na imprensa casos envolvendo situações, em escolas particulares ou públicas, quando pais têm questionado diretores e professores sobre textos ou campanhas presentes em seus projetos pedagógicos. Em muitas situações os alunos têm colocado firmemente em prática o que lhes tem sido proposto, o que tem motivado até reações assustadas dos pais e certos recuos das escolas diante dos questionamentos. É o que aborda a educadora Rosely Sayão no seu artigo Valores democráticos, publicado pela Folha de São Paulo. Segue um trecho:

“Precisamos ensinar na escola os valores democráticos. Não é difícil transmitir às crianças os cuidados que devemos ter para a manutenção da democracia. O futuro irá reconhecer nosso empenho nesse sentido”.

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por Luis Borges 11 de maio de 2015   Vale a leitura

A vida sem crachá – Trabalhar 23 anos no mesmo grupo empresarial e crescer verticalmente na carreira acaba sendo uma trajetória de muitos aprendizados. Talvez um dos maiores deles seja uma demissão no momento em que, apesar das dificuldades e metas não atingidas, aparentemente tudo continuava tranquilo no sentido da continuidade. Como se reinventar num ponto de inflexão como esse, gerenciando o sofrimento e a necessária continuidade da vida no mundo do trabalho, sem o crachá de empregado? Leia o relato da jornalista e mestre em comunicação Cláudia Giudice após sua experiência numa grande editora e seus novos caminhos após o desligamento da empresa.

Produtividade não é maná dos céus – A melhoria da produtividade no país continua sendo um desafio para o aumento da nossa competitividade. Teoricamente o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deveria cumprir papel crucial para incentivar e facilitar o acesso de empresas de pequeno e médio porte, prioritariamente, aos seus recursos financeiros disponibilizados a juros civilizados. Na realidade, o que se verifica é que 41% do capital emprestado pelo BNDES foi direcionado às dez maiores empresas brasileiras, segundo o mais recente relatório do banco. Assim fica difícil falar em melhoria da produtividade, e como sabemos, ela não cairá do céu como maná. É o que mostra este artigo de Monica Baumgarten de Bolle, economista e doutora pela London School of Economics.

Ócio criativo – Aliança entre trabalho, estudo e lazer a um só tempo é a essência do conceito do ócio criativo, formulado pelo sociólogo italiano Domenico de Masi, professor da Universidade La Sapienza, em Roma. Ele é um estudioso da atividade produtiva na era pós-industrial e é muito instigante em seus pensamentos. Alguns até o consideram utópico, mas ele sempre desperta muita atenção na difusão de suas formulações. Ele esteve recentemente no Brasil e concedeu excelente entrevista à jornalista Fernanda Mena, da Folha de São Paulo. Para o sociólogo “o neoliberalismo da era Thatcher inverteu as coisas: a luta de classes dos pobres contra os ricos se tornou a luta dos ricos contra os pobres. Isso ocorre no Brasil também”.

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por Luis Borges 1 de maio de 2015   Vale a leitura

O poder do sim – Confiar desconfiando ou, se for mineiro, desconfiar sempre e aos poucos verificar se é possível dar algum crédito. A gestão do risco acaba sendo feita de alguma forma e a confiança é maior ou menor entre as pessoas nas diversas culturas dos continentes terrestres. Muitas vezes a primeira reação num contato entre pessoas pode ser um não à queima roupa, mas a falta de um sim pode também significar a perda de oportunidades. A ousadia pode fazer a diferença e trazer resultados expressivos. Leia o relato da experiência vivida pela jornalista Lívia Aguiar num acampamento beduíno da Jordânia, país do Médio Oriente. O artigo Como conheci uma família de beduínos por acaso – O Poder do Sim, foi publicado no blog Eusouatoa – dicas para o viajante independente, mantido pela jornalista.

Voltei para a casa da minha família beduína, dormir mais uma noite e, na manhã seguinte, parti cedo de volta para Amã. Com o coração mais leve e a certeza de que o que havia vivido não cabe em nenhum guia de viagens. E tudo isso porque eu disse SIM à uma desconhecida num ônibus. A vida só acontece quando a gente corre algum risco, não é mesmo?

Lívia Aguiar, na Jordânia. / Fonte: blog Eusouatoa

Lívia Aguiar na Jordânia. / Fonte: blog Eusouatoa

O teste do 1º de Maio – O dia do trabalhador transcorrerá neste ano numa conjuntura marcada pela crise política e econômica, crescimento do desemprego, tentativa de ampliação da terceirização do trabalho e reivindicações pela manutenção de direitos trabalhistas e previdenciários ameaçados pelo ajuste fiscal. A docilidade demonstrada pelas centrais sindicais nos anos anteriores não poderá se manter, já que as ameaças de perdas para os trabalhadores são muito concretas. O aumento da fervura é analisado neste artigo do jornalista Ricardo Melo, publicado pela Folha de São Paulo. No texto, ele destaca que “os petistas têm ensaiado uma reação pela sobrevivência da legenda. Será didático observar como o partido resolverá a equação de, numa faixa defender direitos trabalhistas históricos e, na outra, um programa de arrocho econômico. O muro já tem dono faz tempo”.

O país mais feliz do mundo – Podemos dizer, numa equação, que felicidade é igual a expectativa menos a realidade (felicidade = expectativa- realidade). Outros também poderão dizer que a felicidade não existe ou que ela é feita pelo somatório de pequenos momentos unitários. Já a terceira edição do Relatório Mundial de Felicidade 2015, que pesquisou 160 países, utilizou uma série de indicadores que vão do Produto Interno Bruto à percepção da corrupção para concluir que a Suíça é o país mais feliz do mundo, seguida pela Islândia e Dinamarca. Os Estados Unidos ficaram em 15º lugar e o Brasil em 16º lugar, o primeiro da América do Sul. Enquanto isso, o Congo ficou na lanterna, na 160º posição, como o menos feliz. Confira a síntese da pesquisa publicada pelo portal DW.

Idoniedade ou Idoneidade – O domínio da língua portuguesa  não é uma virtude presente na vida de muitos de nós. O reino das palavras acaba constantemente sendo sacudido por agressões à língua da pátria que quer ser educadora. Um dos ofícios mais carbonizados do momento é o dos políticos profissionais organizados em partidos. Diante das tenebrosas transações que sacodem o país ao vir à tona e do clamor que exige ficha limpa, muitos deles se arvoram em se dizer pessoas de idoniedade. O professor Pasquale Cipro Neto aproveitou a oportunidade e escreveu, em artigo para a Folha de São Paulo, o fundamento que explica a existência da palavra idoneidade ao mesmo tempo em que mostra porque é incorreto escrever a inexistente idoniedade. Confira aqui.

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por Luis Borges 24 de abril de 2015   Vale a leitura

Uma fábula da modernidade – Se antigamente uma biblioteca era um conjunto de livros organizados num local público ou privado, podemos dizer que hoje ela é considerada como um conjunto de informações e conhecimentos organizados de forma sistemática à disposição dos leitores. Na esfera pública o desafio é sempre encontrar instalações adequadas, equipamentos, pessoas e atualizações para tornar a biblioteca viva e dinâmica. Mas a corrupção também se faz presente na realização desse tipo de empreendimento, geralmente movimentando bons recursos financeiros. O jornalista Elio Gaspari, da Folha de São Paulo, mostra neste artigo um pouco da realidade brasileira no setor.

Vida simples – A simplicidade é o último degrau da sabedoria, já nos dizia Gibran Khalil Gibran. Mas como chegar lá fazendo parte da sociedade da novidade, da quantidade e da ansiedade pelo consumo, nem que seja para preencher o vazio da alma que não se contenta apenas com o adequado e necessário? Viver uma vida simples no verdadeiro sentido da palavra, além do discurso, é o que propõe Cinthya Rachel neste texto.

Gritos de guerra preconceituosos – Acentuam-se pelo país gritos e insultos preconceituosos envolvendo participantes de competições de diversas naturezas em ambientes também diversos. Um grupo insultando o outro pode ser visto no estádio de futebol, no campo de várzea, no antiquado trote universitário ou em jogos estudantis envolvendo diversos níveis de ensino. Neste artigo do blog Abecedário a autora aborda confrontos cheios de preconceito durante o evento “Economíadas”.

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por Luis Borges 20 de abril de 2015   Vale a leitura

Utilização e organização – Os sensos de utilização e organização iniciam o programa japonês 5S, que inclui também a limpeza, a saúde e a autodisciplina. Na sociedade pautada pelo consumo pouco se questiona o apego às coisas e o visível desperdício de bens, espaços e recursos financeiros. Diante de tantos entulhos acumulados, aumenta o apego e a incapacidade de analisar criticamente o que é adequado e útil.O que não serve para nós pode ser disponibilizado para outras pessoas e organizações humanas. É preciso também saber organizar tudo isso nos espaços disponíveis que temos. Leia neste artigo publicado no blog Vida Organizada o que a Thais Godinho sugere para organizar e decorar um imóvel pequeno. É um bom exercício para os sensos de utilização e organização.

Veias abertas – O noticiário da morte do escritor uruguaio Eduardo Galeano no dia 13 de abril realçou o seu livro de maior destaque, As Veias Abertas da América Latina. Ele se soma a outras 39 obras do autor permeadas por jornalismo, ficção, análise política e história. Segundo o jornalista Clóvis Rossi, em artigo publicado na Folha de São Paulo, Galeano não leria mais seu livro publicado em 1971.

Se as veias continuam abertas, o livro deixou de interessar ao próprio autor: “Não seria capaz de lê-lo de novo. Cairia desmaiado”, disse durante visita ao Brasil para a 2ª Bienal do Livro de Brasília. Completou: “Para mim, essa prosa da esquerda tradicional é muito chata. Meu físico não aguentaria”.

Cooperativa de crédito – Nesses tempos de aumento da inflação, perda de poder aquisitivo e desemprego em alta é tarefa desafiadora poupar uma parte do salário. Para quem consegue fazer isso e juntar um certo montante fica a dúvida de onde e em que aplicá-lo. Esse é o tema abordado no artigo de Samy Dana, “Mantenho R$ 180 mil aplicados em cooperativa de crédito?”. A sugestão de Dana é pesquisar, com atenção especial à rentabilidade líquida de cada aplicação e aos riscos.

Cuba, EUA e Che Guevara – Repercute intensamente o movimento de aproximação entre Cuba e Estados Unidos, protagonizado por Raul Castro e Barack Obama. Tudo caminha para o fim do embargo econômico imposto pelos americanos aos cubanos. Fidel Castro, um dos líderes da Revolução de 1959 que levou a ilha ao regime Socialista, acabou consentindo com a movimentação mas, é claro, está fora do poder decisório. Mas o que pensaria disso tudo Ernesto Che Guevara, outro líder da Revolução cubana? A BBC Brasil reuniu quatro depoimentos de especialistas em Cuba e em Che Guevara sobre o assunto. E você, o que acha? Compartilhe nos comentários.

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por Luis Borges 13 de abril de 2015   Vale a leitura

Espantando moradores de rua – As pessoas que moram nas ruas e as sem teto, que lutam por um espaço nas ocupações, são parte integrante da realidade urbana das regiões metropolitanas e cidades de médio porte do Brasil. Apesar de serem invisíveis para muitos, os problemas existem e causam incômodos em diversas classes sociais. Enquanto as soluções ainda estão longe do que seria adequado, os conflitos vão se acentuando. É emblemático o caso ocorrido na Vila Leopoldina, na cidade de São Paulo, onde os moradores de condomínios de alto nível pagam segurança privada para afastar moradores de rua com os mais variados problemas. Leia nesta reportagem da Folha de São Paulo.

Persistência na educação dos filhos – Cai a taxa de fecundidade no país e aumenta o número de pessoas se perguntando se querem ter filhos ou não. Quem os teve, de maneira planejada ou não, se vê frente ao desafio de educar. Educação vem de casa e não adianta terceirizar para a escola, que tem papel de complementar a formação. Também não existe um manual que leve à padronização dos resultados e, na prática, cada caso é um caso, apesar de tantos fundamentos e conhecimentos disponíveis. A educadora Rosely Sayão mostra, neste artigo, o valor da persistência na educação dos filhos.

Educar é um processo contínuo e isso significa que os resultados das estratégias que usamos com os mais novos podem não ser imediatos ou rápidos. Mas persistir por um tempo é o que irá mostrar se podem funcionar ou não.

A vida é mais do que uma lista de tarefas – Se periodicamente as pessoas não conseguirem um tempo para analisar as suas rotinas, dificilmente perceberão que estão sendo engolidas pela quantidade de tarefas que precisam executar, sendo todas elas urgentes e obrigatórias. O resultado é muito cansaço, muita reclamação e falta de energia para aproveitar melhor os momentos que poderiam ser vividos. Neste artigo o escritor e publicitário Gabriel Garcia de Oro compara a situação das pessoas atarefadas com a de Cinderela, que precisa realizar inúmeras tarefas até a hora de ir ao baile. O autor vai direto ao ponto:

Pois bem, nós não somos muito diferentes dela. Antes de poder ir aos nossos bailes, quer dizer, fazer aquilo que realmente queremos, que nos motiva e quem sabe até pode mudar nossas vidas, estamos submersos em uma quantidade infinita de tarefas: a casa perfeitamente organizada, a máquina de lavar trabalhando, a criança matriculada em quatro atividades extracurriculares; é preciso ser, claro, muito produtivo em nossos empregos, amantes excelentes e criativos com uma vida social rica, ativa e variada… e ter o Facebook atualizado.

Geração 68, de vitoriosa a derrotada – O jornalista Ricardo Kotscho  voltou à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, onde ingressou como aluno da primeira turma de jornalismo em 1967, quando o curso foi criado. Ele ficou assustado com a passividade dos alunos de hoje e fez a inevitável comparação com as efervescentes turmas de sua época, que combateram a Ditadura Militar com o movimento estudantil de 1968. O artigo foi publicado no seu blog, Balaio do Kotscho.

Nos debates de que participei quando era aluno, os palestrantes passavam o maior sufoco. Eram contestados a todo momento. Desta vez, porém, depois de uma hora de conversa, me dei conta de que só Heródoto e eu falamos, sem ninguém nos interromper para discordar de nada. Até comentei isso para dar uma provocada na turma, que ficou só olhando para a minha cara como se eu fosse um extraterrestre.

Com o entusiasmo de sempre, Heródoto falava das maravilhas das novas tecnologias e eu da minha paixão pela reportagem, relembramos fatos históricos, arriscamos previsões sobre o futuro da profissão. Quando chegou a vez das perguntas, ninguém tocou nas profundas crises que o país está vivendo em todas as áreas. Na verdade, nem eram perguntas, mas apenas comentários sobre teorias da comunicação e mercado de trabalho, algo bem limitado ao que costumam discutir em sala de aula. É como se não estivessem preocupados com o que acontece fora das fronteiras da universidade.

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por Luis Borges 30 de março de 2015   Vale a leitura

Fator previdenciário – O ajuste fiscal que o Governo Federal anunciou no final do ano passado mexe e piora algumas disposições do regime geral da Previdência Social. O mês de abril já está chegando e o Congresso Nacional ainda não votou a matéria que é considerada inaceitável pelas centrais sindicais e por associações de aposentados. Enquanto isso, o Fator Previdenciário saiu do foco em função das prioridades do momento. Isso não impede que ele seja melhor conhecido do ponto de vista técnico para que as pessoas compreendam o seu mecanismo de funcionamento. É o que mostra o professor Samy Dana da Fundação Getúlio Vargas no artigo esclarecedor “Qual a melhor forma e momento de se aposentar?” publicado pelo jornal Folha de São Paulo. Ressalvo que, ao final do texto, o valor do teto máximo das aposentadorias pagas pelo INSS se refere ao ano de 2014. Em 2015, ele foi estipulado e R$4.663,75.

Choque de realidade – Na medida em que as pessoas participam mais ativamente da vida do país, aumentam as cobranças por serviços públicos de qualidade, organização, acesso à informação e transparência. Como será que essas pessoas praticam individualmente e na família o que cobram daqueles que exercem funções públicas? A situação financeira de uma família em dificuldades assusta muitos de seus membros quando a amarga realidade vem à tona num momento de crise. Muitos apenas exclamam o clássico “eu não sabia” como fez o então Presidente da República diante da divulgação da existência do mensalão. Se vier uma morte súbita do gestor ou da gestora da família, como será a continuidade dos negócios, o inventário de bens se tudo mais se parece com uma caixa preta? Esses e outros aspectos correlatos são abordados pela colunista Márcia Dessen no artigo “Choque de realidade”.

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Rodrigo surpreendeu a mulher, Roberta, quando disse que precisa conversar sobre um assunto que manteve em segredo durante meses. Não se tratava de confessar que teve um caso fora do casamento nem que estava apaixonado por outra mulher.

Comunicou a existência de dívidas, assumidas em bancos para bancar o alto padrão de vida que sempre tiveram.

Ele contraiu dívidas contando com a entrada de comissões e bônus generosos, tradicionalmente distribuídos pela empresa em que trabalha. A crise afetou o resultado dos negócios, e a entrada do dinheiro não veio e talvez não venha.

Como se proteger de golpes na internet – A todo instante as pessoas ligadas pela internet podem se ver diante de mensagens de fraudadores, que usam as mais diferentes formas para atingir seu intento. Geralmente fazem solicitações que devem ser atendidas rapidamente, sempre acompanhadas de alguma ameaça que gera pânico momentâneo. É o suficiente para que as pessoas impulsivas e que resolvem tudo aceleradamente, mas sem análise crítica, caiam imediatamente no golpe. Esse artigo publicado pela BBC Brasil dá orientações para não cair nas armadilhas mais corriqueiras da internet. É uma questão de segurança que, portanto merece a nossa atenção e prioridade.

Chefes sem talento – Você já deve ter trabalhado com um chefe que nunca soube liderar e gerenciar pessoas. É o clássico caso de quem nem sempre tem o perfil adequado. Muitas vezes chega à função pelo “puxa-saquismo” e não pelo mérito técnico e simplesmente comanda, escala e determina o que o seu bando ou grupo deve fazer. Formar uma equipe nunca será possível, devido à sua falta de liderança e inteligência emocional para trabalhar com uma visão sistêmica em busca de um melhor resultado. Neste artigo – A vida é muito curta para ter chefes sem talento – está a visão da jornalista Mariliz Pereira Jorge.

Mas eu era certamente mais capaz do que o tal chefe. A maioria das pessoas com quem eu trabalhava nessa empresa, com quem dividia o café ruim e a insatisfação eram mais capazes do que ele.

Me diz, como essas pessoas viram chefes? Como alguém no topo dessa hierarquia não consegue ver que eles são incapazes de gerir uma equipe, que têm competência mediana e zero inteligência emocional, que infernizam seus subordinados por incapacidade de organização, que não conseguem tomar uma decisão sem voltar atrás por insegurança, que não inspiram e não estimulam quem está sob seu chicotinho?

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por Luis Borges 22 de março de 2015   Vale a leitura

O recado das ruas – As manifestações nas ruas, as feitas em casa e as das redes sociais estão trazendo diversas mensagens para aqueles que estão no poder, ao o qual chegaram pelas vias da democracia representativa. A insatisfação é grande e as reivindicações são muitas. Mas o que é necessário fazer, o que é possível e o que é impensável nesse momento? Neste artigo o filósofo Hélio Schwartsman manifesta seu receio em relação ao impeachment da presidente, apesar dos gritos de muitos grupos e pessoas.

Eu próprio estaria apoiando o “impeachment” ou implorando pela renúncia da mandatária, caso ela tivesse insistido em trilhar a rota que nos levou ao desastre econômico. Entretanto, como já apontei aqui, Dilma tem uma virtude: ela vai até a beira do abismo, mas não salta. A presidente viu o estrago nas contas públicas e optou pelo ajuste fiscal, tendo recrutado um técnico competente para efetuá-lo. Agora é preciso dar tempo para as medidas recessivas realizarem sua mágica. Teremos pelo menos um par de anos difíceis.

Dólar em alta – A desvalorização do real em relação ao dólar veio para ficar e deve ser uma solução para a crise econômica. Essa é a percepção do economista Bráulio Borges, da LCA Consultores, em artigo publicado pela Folha de São Paulo esta semana. Segundo o economista, a cotação da moeda norte americana cresceu em torno de 35% quando comparamos seus níveis de hoje com os de janeiro de 2014. Nesse mesmo período a valorização do Euro em relação ao mesmo Real ficou em torno de 5%. O cenário econômico aponta para um aumento das exportações e uma redução no incentivo ao consumo interno que demonstra sinais de esgotamento.

Diversos modos da corrupção – A Operação Lava Jato da Polícia Federal completou 1 ano de investigações sobre a corrupção na Petrobrás. A ponta do iceberg que está sendo mostrada revela que essa tecnologia permeia pessoas e organizações humanas no mundo público e privado. Ela está tão arraigada na nossa cultura que se faz presente em diversas atitudes do nosso micromundo cotidiano. Esse é o aspecto abordado pelo jornalista Eduardo Costa neste artigo, no qual afirma que a crise é de caráter e a corrupção está no DNA.

esqueçamos as fraquezas humanas para lembrar que um país novo a gente cria ao economizar água, energia elétrica, não pegar um “jabá” por fora, não furtar TV a cabo, não explorar a empregada doméstica, não sonegar impostos, não majorar preços indecentemente, não dar dinheiro ao vereador para construir onde não pode, não parar na fila dupla, não arranjar emprego para a nora e os genros no fórum, não pedir mais auxilio moradia, livro, mudança e outros que só aumentam salários já incompatíveis com a fome de muitos.

Suco detox – O que para comer e o que para beber, senhor e senhora? O discurso e a catequese para instigar as pessoas que estão em busca de uma alimentação saudável e equilibrada permeiam o cotidiano de muita gente. O mercado usa as mais diversas mídias para apresentar soluções aos que querem manter a saúde para ter longevidade com qualidade. Agora está em evidência o suco detox que, segundo artigo da Folha de São Paulo, não serve nem para desintoxicar nem para substituir a comida. Como tudo é relativo e cada caso é um caso, tire suas conclusões lendo o artigo. 

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por Luis Borges 17 de março de 2015   Vale a leitura

Água na fervura, por favor – Ações advindas de decisões impulsivas caminham na contramão da estratégia. Por outro lado, quem não tem estratégia está condenado à morte no curto, médio ou longo prazo. A situação vivida pela República Federativa do Brasil no presente momento caracteriza-se pela crise política e econômica. Persiste uma polarização entre as coligações partidárias que disputaram o segundo turno das eleições presidenciais em outubro/14. Os perdedores demonstram não ter se conformado com a derrota por uma margem relativamente pequena e parece que ainda continuam disputando as eleições. Os vencedores têm dificuldades para se entender dentro da própria base aliada, tanto na gestão para enfrentar e solucionar os grandes problemas quanto para aprovar medidas no Congresso Nacional. Tudo isso em meio às revelações das tenebrosas transações do mundo da corrupção. A temperatura aumenta e o tiroteio se intensifica. Em artigo publicado na Folha de S. Paulo, Rogério Gentile pede água na fervura para se tentar soluções para o conflito instalado.

Esqueceremos Fukushima? – A Segunda Guerra Mundial terminou após a detonação das bombas atômicas que arrasaram as cidades de Hiroshima e Nagasaki no Japão. Apesar do estigma criado em torno da energia nuclear, cresceu a sua utilização para fins pacíficos como, por exemplo, a geração de energia elétrica. Mas as questões ligadas à segurança das instalações nucleares sempre foram motivo de preocupação permanente. Ao se completar 4 anos do terremoto e tsunami que atingiram a usina nuclear de Fukushima, o jornalista Chico Whitaker faz um pungente relato da situação vigente em 11 de março de 2015.

Sabendo-se que milhares de pessoas tiveram que abandonar para sempre suas casas, em oito localidades em torno da usina, e vivem até hoje em alojamentos provisórios por conta da ajuda que o governo está obrigado a lhes dar, entende-se porque entre os antigos moradores de somente uma dessas localidades, Tomioka, a 10 km da usina, tenham ocorrido quase 200 suicídios, número 10 vezes superior ao número dos que nela morreram com o tsunami…

Por que bebemos até morrer? – No último dia 9 o Brasil se despediu da cantora e folclorista Inezita Barroso, de 90 anos de idade, que imortalizou com sua voz a música Marvada Pinga. Ela cantava:

“Com a marvada pinga. É que eu me atrapaio. Eu entro na venda e já dou meu taio. Pego no copo e dali nun saio. Ali memo eu bebo. Ali memo eu caio. Só pra carregar é que eu dô trabaio. Oi lá.”

Pouco tempo antes, nos chocamos com o caso do estudante do 4º ano de Engenharia Elétrica da Unesp de Bauru, SP, que morreu aos 23 anos de idade após participar de uma festa e beber muito. Outros três foram internados em decorrência de coma alcoólico.

Por que se bebe tanto? Por que os estudantes universitários também bebem muito? Quais são as consequências desse tipo de atitude? São perguntas que a autora do blog Abecedário tenta responder neste texto. Um estudo feito nos EUA com 17,5 mil estudantes de 140 campi traça paralelos entre o hábito de beber exageradamente por farra e a possibilidade de adotar hábitos autodestrutivos ou se envolver em problemas.

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por Luis Borges 8 de março de 2015   Vale a leitura

Dívidas pessoais atrasadas – O nome sujo na praça é uma realidade crescente para muita gente.  Apesar da crise econômica, dos juros altos e do desemprego que já começa a aumentar, as causas fundamentais dessa situação são bem claras. Falta planejamento, sobra impulso na tomada de decisão e sobra coragem para se endividar em níveis muito além da verdadeira capacidade financeira. Uma pesquisa do SPC Brasil feita em conjunto com o portal Meu Bolso Feliz mostra diversos ângulos da realidade vivida por pessoas endividadas. Vale a pena ler e refletir – você está nessa situação? Como sair dela?

Em média, o consumidor brasileiro inadimplente está com o nome sujo há aproximadamente dois anos, deve para 3,7 diferentes empresas, adquiriu essas dívidas por meio do cartão de crédito e de lojas e tem um débito total de R$ 21.676,00 junto às empresas credoras – já embutidas as multas e as taxas cobradas pelo atraso. Esse valor corresponde a 768% da renda familiar mensal de um consumidor entrevistado na pesquisa, de R$ 2.822,00.

Escassez de água – Estamos caminhando para o final do verão e o racionamento da água para o consumo humano ganha força no horizonte próximo. Na volta do barco já sentimos o desespero de muitos daqueles que, irresponsavelmente, não fizeram o dever de casa. Na prática tenta-se mascarar a falta do planejamento para os tempos de escassez da água com a tentação de propor obras faraônicas, que exigem altos valores de investimentos de recursos financeiros também escassos. É emblemático o caso do Sistema Cantareira que abastece 6 milhões de pessoas na grande São Paulo. Leia neste artigo do jornalista Afonso Capelas Jr, publicado pelo Diário do Centro do Mundo, um alerta sobre a adoção de tecnologias pouco apropriadas para resolver o problema e um clamor pela proteção do entorno das nascentes e das florestas nativas, bem como a intensificação do reflorestamento de áreas já degradadas.

Bagunça na sala de aula – Um aluno com 16 anos de idade agrediu a diretora de sua escola, em Belo Horizonte, porque ficou irritado com a convocação de sua mãe para tratar de seu comportamento em sala de aula. O fato nos remete a questionamentos – o que e como fazer diante da bagunça e da indisciplina em sala de aula? Segundo texto da jornalista Sabine Righetti, especialista em educação e ciência, um professor no Brasil ao ministrar 4 horas de aula por dia perde 48 minutos para conter a bagunça em sala. E tem mais. Na medida em que a idade do aluno aumenta, a situação só piora. Leia aqui o texto completo, publicado no Blog Abecedário. E fique com a reflexão proposta pela autora: “já conseguimos até calcular o tempo de conteúdo perdido em sala de aula. Ótimo. Mas o que estamos fazendo para lidar com essa questão?”

Irritação criativa – Apesar da insistência do governo federal em não admitir os erros do primeiro mandato da Presidente da República, o fato é que a economia brasileira está se aprofundando em sua crise. O ajuste fiscal passou a ser buscado de diversas maneiras, visando com tentativas e erros políticos recolocar a economia no seu prumo. A conjuntura é delicada, conjuntura de juros e inflação em alta; credibilidade e crescimento em baixa. Em artigo publicado na Folha de São Paulo, Henrique Meirelles, presidente do Banco Central durante o governo Lula, apresenta suas proposições para enfrentar os grandes problemas do momento.

“É uma necessidade premente não só olhar para todos os problemas que estão aí, mas começar a dirigir toda essa energia e toda essa irritação nacional para a construção de um país mais eficiente, produtivo e capaz de oferecer um alto padrão de vida à população”.

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