Sol, azaleias, grama

Sol, azaleias, grama

Estamos caminhando para as últimas semanas do inverno. As características clássicas da estação vieram mais acentuadas. Neste ano de seca brava, considerada a maior dos últimos 100 anos, o número de incêndios nas matas e parques é enorme e bem superior ao dos anos anteriores. O tempo seco às vezes, apresenta características de deserto com registros de umidade relativa do ar entre 12% e 20% na parte da tarde nas regiões Sudeste e Centro-Oeste por exemplo. A água prossegue cada vez mais escassa, mais distante. Precisamos de uma gestão mais estratégica de todos os setores envolvidos na questão. Urge a reeducação para a mudança de hábitos.

Orquídea florida, com penca de flores

Orquídea

Diante e desafios para as suas soluções ainda é possível se ver iniciativas que amenizam tamanha aridez. Se tudo começa com a gente e também depende do nosso querer, observe as fotografias deste post. Vasos e jardins mostrando exuberância em plena seca, gastando pouquíssima quantidade de água e contribuindo para a harmonia num ambiente eivado de seres vivos, racionais ou não. Para quem cuida, também não deixa de ser uma terapia e um lenitivo para a mente num momento em que insônia, depressão e melancolia podem surgir com muita facilidade.

Planta de nome peixinho florida

Peixinho florido

Você já pensou em ter vasos de plantas que geram flores para alegrar seu apartamento ou até mesmo seu local de trabalho? Que tal aproveitar o pequeno espaço de terra para fazer um jardim na frente de sua casa ou plantar frutas, salsa e cebolinha de folha no quintal? Isso seria pedir demais?

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A mobilidade urbana no sábado à noite continua sendo um desafio para os usuários do sistema BRT/Move e para a BHtrans, sua gestora. As fotografias aqui postadas foram feitas por um usuário do sistema na noite de sábado, 23 de agosto, entre 22:20 horas e 23:05 horas, na estação Ouro Minas da avenida Cristiano Machado.

Ônibus do BRT/Move chegando à estação

Ônibus do BRT/Move chegando à estação.

Durante 45 minutos ele esperou pelo ônibus da linha 62 que o levaria até a região de Venda Nova. Além da demora para embarcar ele percebeu as portas automáticas da estação totalmente abertas o tempo todo. Aliás, isso foi percebido por ele também em todas as estações da avenida Cristiano Machado por onde passou ao longo do sábado.

Portas abertas na estação

Enquanto ele esperava pelo ônibus, as pessoas se aglomeraram na estação e era plenamente possível entrar lá sem pagar. O painel anunciava o tempo que faltava para o ônibus chegar. Esgotado o tempo, nada de ônibus. Aí o painel passou a anunciar que ele estava se aproximando. Finalmente, às 23:05, dois ônibus chegaram à estação e o mais vazio deles nem parou. Todos os passageiros embarcaram, mas em nenhum momento o ar condicionado foi ligado, o que causou grande desconforto térmico para os usuários, cuja maioria fazia o trajeto em pé. Alguns passageiros mais exaltados chegaram a falar em quebradeira e ateamento de fogo no ônibus.

Ônibus lotado na noite de sábado.

Ônibus lotado na noite de sábado.

Esse usuário retornou de Venda Nova para o bairro União na tarde de domingo, ocasião em que as portas automáticas das estações do trecho percorrido continuavam totalmente abertas e o ar condicionado do ônibus só foi ligado após gritos dos passageiros reivindicando seu acionamento. Para a BHtrans, tudo deve estar normal e fazer parte do processo de implantação do BRT/Move. Até quando? Os fatos não deixam de existir só porque são ignorados, já dizia Aldous Huxley em seu livro “Admirável Mundo Novo”.

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O BRT Move foi uma das obras de mobilidade urbana para a Copa. Mas parece que, depois do evento, a cansativa expressão “legado da Copa” vai sendo esquecida, apesar de tão usada para justificar os altos investimentos e intervenções na cidade. Muito já foi feito, mas ainda existe muito o que se fazer, inclusive a favor dos usuários do sistema.

Espaço entre a saída do ônibus e a plataforma da Estação São Gabriel

Foto: Sérgio Verteiro

Um bom exemplo está ligado à segurança. Na fotografia acima é possível ver o desnível e o espaço entre o piso da estação São Gabriel e o ônibus.

ônibus do brt na plataforma, com passageiros amontoados nas portas de entrada e saída

Chegada do ônibus do BRT à plataforma
Foto: Sérgio Verteiro

Repare a chegada do veículo à estação. As pessoas literalmente se amontoam nas portas. É impossível distinguir quem entra de quem sai. O potencial de acidentes por causa do desnível é grande, principalmente com o empurra-empurra. Ainda mais quando se sabe que gestão, fiscalização e auditorias são expressões muito frágeis para quem é responsável pelo empreendimento.

Não custa lembrar que já são 47 dias da queda do viaduto Guararapes na avenida Pedro I, em BH, e a investigação ainda está em curso. Já se passaram 42 dias do Brasil 1 x 7 Alemanha, último jogo da Copa no Mineirão. O BRT Move está em uso há mais tempo que isso, e ainda há muitas melhorias a serem feitas.

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Já estamos na segunda metade do inverno, a estação dos ipês. Tenho a sensação de que a admiração de muitas pessoas pelos ipês enfraqueceu se comparada com igual período da mesma estação no ano passado. Será que estou muito estatístico, como a turma da econometria? Se sim, vou ser mais direto e lhe perguntar quantos ipês floridos você já percebeu, viu ou registrou na memória do seu dispositivo eletrônico? Prevalecem os tons de roxo ou já são visíveis os brancos e amarelos? Mirai, mirai olhai, olhai as vias da cidade e as estradas que nos ligam a outros municípios e estados. Urge a gestão do tempo para que tenhamos tempo de olhar os ipês que nos rodeiam. Tudo começa com a gente a partir do nosso querer. Só lamentar é muito pouco.

Ipê rosa florido atrás de muro de terreno

O muro até tenta, mas não esconde a beleza do ipê rosa.
Foto: Sérgio Verteiro

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montanha de lixo jogada em rua do bairro União

Foto: Sérgio Verteiro

Neste bairro da região nordeste de Belo Horizonte a coleta de lixo domiciliar é às terças, quintas e sábados, que é feita por uma empreiteira da SLU – Superintendência de Limpeza Urbana. Como na maioria dos bairros da cidade, é claro que lá não existe coleta seletiva. O bairro fica próximo à avenida Cristiano Machado, atrás do Minas Shopping, e tem um lixão a céu aberto na encosta de um barranco bem próximo à Leroy Merlin, na esquina das ruas Arthur de Sá e Enoy. A população faz todos os tipos de contribuições para que o volume de bens lá jogados seja cada vez maior, assim como as sobras de alimentos e outros dejetos. Imagine quando chove! Frequentemente ratos, baratas, escorpiões, animais mortos, como gatos e cachorros, fazem parte do cenário. A cada 15 dias, em média quando fica tudo cheio, um caminhão aparece e faz a retirada dos entulhos. Como falta educação e consciência a muita gente, logo após a saída do caminhão começa a formação de um novo monte de lixo . Também pessoas de outros bairros passam em seus veículos e dispensam lá aquilo que não lhes serve ou não cabe em suas casas, até mesmo o lixo que não foi colocado pra fora nos dias e horários que foram definidos para a coleta. É claro que falta isso, falta aquilo mas também falta muita educação e campanhas permanentes de educação sanitária, inclusive para mostrar que não existe processo sem a cooperação de todos os envolvidos. Acredito que esse não é o único lixão da cidade e também não sei se o órgão gestor da limpeza urbana sabe, mas sei que quem não mede não gerencia e que quem não controla também não gerencia. Fico pensando no quanto se fala no belo horizonte e também nas pessoas que vêem esse lixão no seu horizonte.

Montanha de lixo no bairro União, vista de maior distância

Foto: Sérgio Verteiro

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Ipê roxo começando a florir

O ipê roxo na rua Javari, em Belo Horizonte, já perdeu quase todas as folhas e começa sua caminhada para se encher de pequenas flores.

Os ipês florescem no inverno e frutificam na primavera. Mas para perceber isso é preciso olhar, olhar, mirar, mirar. Este é um desafio para a maioria das pessoas que andam pelas ruas das cidades e pelas estradas de Minas, automatizadas pelo fluxo do trânsito sempre volumoso e pela necessidade de dar vazão às informações que chegam pelo dispositivo tecnológico. As flores dos ipês começam a surgir pelo roxo e prosseguirão pelo branco, amarelo e rosa. Elas simbolizam as flores do Brasil e merecem ser melhor percebidas, contempladas e cuidadas, ainda que isso possa parecer uma utopia em plena era do desequilíbrio ambiental na terra aquecida.

Ipê amarelo começando a florescer

Já este, no bairro de Santa Tereza, também em BH, começa a florir sem perder as folhas.

Flores de ipê amarelo

Flores de ipê amarelo (Fotos do post: Marina Borges)

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Argentina e Irã se enfrentam hoje em Belo Horizonte. Não devemos ver confusão no trânsito, já que é sábado e não tem jogo do Brasil. Na terça-feira passada, dia 17/06, teve gente que perdeu o primeiro tempo.

Fila de carros na av. Cristiano Machado, em BH, antes do jogo do Brasil

A caminho de casa

A foto acima, tirada por Sérgio Verteiro, mostra o viaduto Henriqueta Lisboa, na av. Cristiano Machado, por volta das 15h15. Na avenida de BH o trânsito de veículos estava totalmente parado na pista mista, sentido Centro-bairro.

Penso que, obviamente, era grande a ansiedade para chegar em casa, pra não perder nenhum minuto da partida. E, provavelmente, quem estava parado no trânsito não imaginaria que a dois quarteirões dali, pelo lado direito da pista, uma flor de maracujá enfeitava uma rua do bairro União no final do outono, pedindo passagem para o inverno.

Flor de maracujá aberta

A beleza da flor de maracujá, capturada por Sérgio Verteiro

No calor do trânsito também não daria para lembrar que essa flor é associada à Paixão de Cristo. Ou que, em tupi-guarani, maracujá significa “alimento dentro da cuia”. E nem daria para gracejar com o “maracujá de gaveta”, expressão do grau de enrugamento da pele do rosto de alguém.

Mas talvez, por uma dessas coincidências da vida, um motorista ou passageiro estivesse ouvindo em seu rádio a voz de Gal Costa, interpretando a música “Flor de Maracujá”, composta por João Donato e Lysias Enio.

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orelhão

Orelhões ainda existem. / Foto: Sérgio Verteiro

Você se lembra da última vez em que precisou usar um telefone público instalado num orelhão? Qual foi o grau de dificuldade para encontrar um aparelho em boas condições de uso?

Nos últimos 10 anos, marcados pelo avanço tecnológico e pela universalização do acesso à telefonia celular, o Brasil perdeu um terço dos seus orelhões, segundo reportagem do portal G1. Hoje são 4,3 orelhões para cada grupo de mil habitantes no país, de acordo com a matéria.

O desafio é encontrar um que funcione. Ainda predominam a falta de educação e o desprezo pela preservação de um bem público, que ainda pode ser útil a uma comunidade. Imagine o que fazer para se comunicar após ter o seu dispositivo tecnológico de última geração simplesmente roubado em plena via pública?

orelhão totalmente queimado

Foto: Sérgio Verteiro

A primeira fotografia, que abre este post, é de um orelhão novo, na rua Ceará esquina com Av. Brasil, em Belo Horizonte. Ele estava estragado, foi substituído há cerca de um mês e sabe-se lá quanto tempo levará para ser depredado. Já a fotografia acima mostra um aparelho carbonizado, na rua dos Guajajaras, no Barro Preto. No caso dele, o jeito é esperar para ver quando será trocado. A matéria do G1 aponta que, como o orelhão queimado, 15% dos telefones públicos do país estão em manutenção, fora de funcionamento.

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Grevistas acampados na porta da Prefeitura

Grevistas acampados na porta da Prefeitura.

Terminou ontem a greve dos funcionários representados pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte. Foram 29 dias.

Recado dos grevistas ao prefeito

Mais claro impossível. Recado dos grevistas ao prefeito.

Como em toda greve, é preciso saber a hora de começar e a de terminar. A categoria acabou aceitando o reajuste salarial de 7%, a ser pago em duas parcelas de 3,5% nos meses de julho e novembro deste ano. Agora apenas a categoria dos professores permanece no movimento.

Um boneco do prefeito deu as caras no acampamento.

Um boneco do prefeito deu as caras no acampamento.

“A luta continua, companheiros”. É a frase de ordem que ainda ecoa nos ouvidos de muita gente que fez greve em outros tempos. É bom lembrar que muitos dos líderes desses tempos estão, hoje, em outras esferas de poder. Eles sabem dizer claramente que, agora, os tempos são outros e as coisas são diferentes. Ainda assim, as fotografias deixarão registradas a história de mais um momento de mobilização e luta, numa conjuntura de inflação alta, crescimento econômico baixo, Copa do Mundo e eleições presidenciais.

bh_resolve_fechado_pela_greve

BH Resolve fechado durante a greve.

Enquanto isso o cidadão belo-horizontino prossegue insatisfeito, lutando pelo direito de exercer a sua cidadania, e esperando, por exemplo, que o BH Resolve possa contribuir para isso.

Documento colado na porta do BH Resolve, indicando o que fazer enquanto o local estava fechado.

Com o BH Resolve fechado, o que fazer? São essas as alternativas apontadas pelo poder público.

Outro documento colado na porta do BH Resolve, indicando o que fazer.

Mais alternativas.

Todas as fotos deste post são de Sérgio Verteiro.

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Cerejeira florida

Cerejeira florida

A beleza das cerejeiras em flor não é vista apenas no Japão, mas também nos quintais franceses. Agora a primavera caminha para seu final no hemisfério Norte e mostra belezas como essas, na região da Savoie, no sudeste da França. Abaixo, você verá uma singela cesta de coloridos ovos de galinhas. Alguns diriam galinhas felizes, criadas soltas no quintal. Tudo vem desse espaço de uma residência da região, onde a simplicidade convive de maneira natural com a vida. Como as coisas simples são as mais difíceis de se atingir, não é demais lembrarmos que provavelmente muitas crianças, de lá ou do Brasil, não conhecem ao vivo uma galinha ou um galo da família dos galináceos.

Cesta de ovos

Cesta de ovos

Já que estamos falando da França, vale lembrar que o país tem uma população de pouco mais de 65 milhões de habitantes de acordo com o Censo de 2010. O índice de desenvolvimento humano (IDH) está em 0,893. É um país de 543.965 km² e PIB per capita de US$ 35.048.

É comum ouvir dizer que a França é do tamanho de Minas Gerais, o que é correto. Minas é um pouquinho maior, com 586.522,122 km². Nossa população é bem menor, são 20,5 milhões de habitantes, com IDH 0,713 e PIB per capita de US$8.077,22 levando em conta a cotação do dia 23/05/2014.

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