Av. Vilarinho em obras para o Move
O BRT-Move já foi abordado aqui no Observação e Análise em pelo menos três ocasiões. Em uma delas mostramos problemas de desnível e insegurança nas estações de transferência. Em outra ocasião, falamos do ar-condicionado que não funcionava e das portas automáticas que não eram automáticas. Por fim, em 23 de dezembro, mostramos o estado precário da faixa do Move na Avenida Vilarinho.
Nosso olhar atento para registrar as coisas que impactam nossas vidas nos permitiu verificar, nesse quente janeiro, que a avenida Vilarinho está sendo recuperada, conforme mostram as fotografias a seguir. Todas são de Sérgio Verteiro e foram feitas na semana passada.
Pela fotografia, é possível ver a separação entre as faixas, evidenciando o asfalto recentemente colocado.
Fazendo uma reflexão sem dor, mas que dói muito, verificamos a intensidade do desperdício dos recursos públicos, sempre escassos diante de tantas necessidades. A pergunta é muito simples e direta. Por que a avenida ficou tão estragada num curto espaço de tempo ? Será que as causas desse problema estão no projeto, na especificação ou aquisição dos materiais utilizados, na construção da pista exclusiva, na auditoria da qualidade para verificar a conformidade com tudo o que foi especificado e suas respectivas normas técnicas?
Nunca é demais lembrar que um dos fundamentos da Gestão nos ensina que devemos fazer o certo desde a primeira vez e sempre referenciados pelas melhores práticas no tema em questão. O BRT-Move ainda vai completar um ano de operação, mas nos dá a sensação de que muita coisa foi feita às pressas e na base da tentativa e erro. Remendar e consertar sai cada vez mais caro para a população, que custeia esses empreendimentos com o pagamento de impostos, além de perder tempo e se sentir tão insegura quanto desconfortável no uso diário desse serviço implantado em nome da mobilidade urbana.