A vida em fotografias – Descompromisso no transporte coletivo
Por Sérgio Verteiro
No dia 14 de outubro, por volta das 12h40, eu esperava pelo ônibus da linha 9210, no primeiro ponto da Rua Tamoios, esquina com Rua da Bahia, no Centro de Belo Horizonte, que me levaria ao trabalho no bairro de Santa Teresa. Após esperar por um bom tempo, finalmente o ônibus chegou. Depois que algumas pessoas sinalizaram o desejo de embarque, ele parou no ponto. Até aí tudo bem. O fato é que juntamente com outras pessoas que esperavam para o embarque, uma mãe com um filho cadeirante também aguardava para entrar. A cobradora começou, então, a fazer as manobras com o elevador, para que mãe e filho pudessem entrar no veículo. Porém, a cobradora não conseguia operar o equipamento, que depois de alguns minutos parecia estragado. Durante as manobras e tentativas da profissional de colocar o elevador em operação, que levaram cerca de 10 minutos, o motorista do coletivo nada fazia para ajudar a solucionar o problema. E para indignar ainda mais os usuários que estavam no ponto, aguardando o embarque como também o desembarque daqueles que possuem prioridade, o motorista simplesmente se esqueceu das pessoas.
E se sentindo no direito de falar ao telefone na direção do veículo por mais de 8 minutos, só foi perceber que tinha que abrir a porta após a cobradora avisar que o cadeirante já se encontrava no interior do ônibus. Ele então desligou o celular e abriu a porta. Diante dessa situação, resolvi fazer fotos em forma de protesto, para chamar a atenção das autoridades competentes a fim de combater o descumprimento de determinados procedimentos operacionais em prol de uma mobilidade mais eficiente e segura.
Sérgio Verteiro, 33 anos, é Gestor de Recursos Humanos.