A morte e seus custos
Ontem, 2 de novembro, foi Dia de Finados. É um feriado nacional, no qual muitas pessoas se lembram daqueles que já finaram, fechando a última etapa do processo de vida. Em função da crença religiosa de cada um pode-se discutir a ressurreição da carne, a reencarnação do espírito ou o simples fim da matéria, entre outras possibilidades que possam ser levantadas.
Para além do luto e da saudade, a morte traz consigo situações muito reais a serem encaradas, que distam das emoções – e se relacionam aos custos.
Morte em cifrões
O jornal Hoje em Dia publicou recentemente esta notícia na qual explicava os planos da Prefeitura de Belo Horizonte para transferir a administração dos cemitérios municipais à iniciativa privada. A ideia seria uma PPP, que também permitiria aumentar os preços hoje cobrados – um sepultamento, hoje, custa pouco mais de 180 reais.
Parece mesquinho associar morte e custos. Mas, como tudo no mundo, o dinheiro está incluído também nesse momento. Numa olhada rápida no site Mercado Mineiro, que divulgou preços e variações dos serviços funerários, pode-se chegar à conclusão de que é preciso planejamento financeiro em vida para lidar com a morte. Planejamento que deve ser feito à luz do direito do consumidor, como lembra Maria Inês Dolci neste texto de alerta.
Sempre nos lembramos de nossos entes queridos, que partiram nos deixando dor e luto, que já viraram saudades. Fica a reflexão sobre mais esse lado da morte, que também evitamos, inclusive em relação à nossa própria passagem.