A Marquesa de Santos
Há quase um mês o jornal Folha de São Paulo publicou uma entrevista com Mirian Dutra, jornalista que manteve um relacionamento amoroso com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso entre os anos 1980 e 1990.
A repercussão foi imediata, principalmente no que tange aos recursos financeiros enviados por FHC ao exterior para manter a amante e um filho. Comentando o assunto, o ex-presidente chamou atenção para a natureza privada do relacionamento, que afirma ter bancado com os seus próprios recursos. Entretanto isso não impediu que fossem suscitados questionamentos sobre a utilização de recursos do Estado para se financiar situações desse tipo. Aliás, vários casos envolvendo amantes tem sido citados pela mídia em períodos diversos, como o que envolve o atual presidente do Senado, o da contadora do doleiro envolvido na operação Lava Jato, de um ex-ministro do governo Lula ou dele próprio para ficar em apenas alguns casos.
O site Significados.com.br define que
“amante é o nome dado à mulher ou ao homem que mantém um relacionamento sexual ou amoroso com uma pessoa que já esteja comprometida com um terceiro indivíduo. Este tipo de relacionamento é considerado ilícito e, por muitas vezes, mantido em segredo”.
Músicas sobre o assunto não faltam. Para citar dois exemplos, o cantor Roberto Carlos aborda o tema em Amada amante e a dupla Chitãozinho e Xororó faz o mesmo na música Amante.
Por fim, a História registrou há quase 200 anos a relação extraconjugal entre Dom Pedro I e Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, título dado à mais famosa amante do Imperador. Abaixo um trecho da história, extraído do site Brasil Escola.
“Casado com Leopoldina de Habsburgo, Dom Pedro I chocava a sociedade da época ao sustentar seu caso extraconjugal sem a mínima preocupação de encobrir a amante ou sustentar a imagem de uma autoridade respeitável. Ao tornar a amante primeira-dama da imperatriz e assumir a paternidade de Isabel Maria, primeira filha com Domitila, D, Pedro I inquietava a opinião pública.
Com a seguida morte da imperatriz, os ataques ao romance intensificavam-se ainda mais. Vários ministros renegavam o poder de influência e as aspirações de uma mulher que tanto chamava a atenção do imperador do Brasil. Em diferentes ocasiões, D. Pedro I demitiu esses ministros e outros funcionários que discordavam de sua aventura amorosa. À medida que a paixão se ampliava, o imperador concedeu os títulos de viscondessa e marquesa de Santos para sua amante.”