Falar em público e comunicar… é só começar

por Convidado 9 de junho de 2015   Convidado

por Sérgio Marchetti

Capítulo 2

Conforme dissemos no artigo anterior, o ato de falar em público tem sido apontado como um dos maiores medos e dificuldades dos seres humanos.  A angústia que muitos indivíduos sentem, dias e horas antes da apresentação, resultam num dos maiores desconfortos vividos pelas pessoas. Assim sendo, cuidemos de um dos fatores que mais afeta o orador, tanto psicologicamente quanto na qualidade do conteúdo, que é a escolha do tema. Portanto, quem apresenta deve ter pleno domínio do assunto, com uso de referências e fontes fidedignas. Algumas apresentações se tornam enfadonhas, e até desastrosas, justamente pela falta de conhecimento e de convicção do emissor.

É essencial que o orador conheça seu próprio estilo e potencialize suas qualidades. Pretender ser engraçado apenas por modismo sem dúvida será um passo arriscado com poucas chances de êxito. É importante manter o estilo e não inventar nada. Outra coisa: embora sejamos brasileiros e tenhamos uma cultura de pouco planejamento, algumas providências devem ser tomadas obrigatoriamente com antecedência. São elas:

  • escolha do tema,
  • objetivos e metas que espera alcançar,
  • identificação do público-alvo,
  • planejamento das estratégias e
  • seleção dos recursos.

Toda informação sobre o perfil do público para o qual irá se apresentar, será decisiva para a conclusão do planejamento.

Uma ação que faz muita diferença é conhecer o local onde será realizado o evento e saber sobre suas condições. Podendo, o palestrante deve ensaiar a palestra no local, ainda que por cinco minutos. Isso irá ajudá-lo significativamente.

Outro fator que pode levar um profissional da comunicação em público ao fracasso é a administração inadequada do tempo. É comum vermos palestrantes correndo com suas apresentações ou finalizando-as antes da hora. Passar slides rapidamente dizendo que não são importantes é gafe, além de demonstração de falta de planejamento e até de desrespeito para com aquele público. Justificar, principalmente de forma antecipada, o fracasso ou mesmo uma dificuldade, é falha imperdoável.

Em minhas andanças e observações pude presenciar episódios surreais em eventos. Num deles, o palestrante já se apresentou dizendo que não dominava o tema, e que estava extremamente nervoso. Também pudera… Acreditem, caros leitores, não parou por aí. Ele afirmou ainda: -“Temos duas horas pela frente, Deus é Pai e irá nos ajudar”. Em outra ocasião, um orador ficou mudo, levando a plateia a pensar que era algum truque. Mas ocorreu-lhe uma paralisia, um estado catatônico que o impediu de se apresentar. Foi retirado do palco dizendo repetidamente: -“esqueci tudo!”

Evitar o fumo, as bebidas alcoólicas e alimentos pesados também se fazem necessário.

No planejamento, é importante que o palestrante saiba se haverá perguntas depois da palestra. Digo depois, porque durante a explanação é totalmente desaconselhável quaisquer interrupções. Mas estar preparado para as perguntas é fundamental. Ao respondê-las o orador deve ser objetivo e conciso, evitando quaisquer prolongamentos, o que é muito frequente e cansativo.

Então, meus amigos, como vimos, o ideal é elaborar o conteúdo com um mês de antecedência, pesquisando o tema e fazendo anotações que poderão enriquecer sua palestra.

Por fim, imagine-se ovacionado e aplaudido de pé pelo público.

Clique aqui para ler o Capítulo 1 – Falar em público e comunicar… é só começar

Sérgio Marchetti é educador, palestrante e professor. Possui Licenciatura em Letras, é pós-graduado em Educação Tecnológica e em Administração de Recursos Humanos. Atua em cursos de MBA e Pós-Graduação na Fundação Dom Cabral, B.I. International e Rehagro. Realiza treinamentos para empresas de grande porte no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br .

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