Olhe bem as montanhas

por Convidado 15 de dezembro de 2014   Convidado

por Sergio Marchetti

Eu cresci entre as serras da Mantiqueira e do Ibitipoca.  Naqueles belos tempos, nós sabíamos quando era a época de chuva, de sol e de frio.  A natureza estava equilibrada e nos indicava com precisão cada estação do ano. Eu escalava montanhas e, junto de irmãos e primos, buscávamos gado de um pasto para outro. Depois crescemos e descobrimos que em Minas Gerais não havia montanhas. O Brasil não tem montanhas. Tem serras. As montanhas, teoricamente, seriam mais altas.

mar de morros em MG

Montanhas de Minas em Glaura, distrito de Ouro Preto (MG) / Foto: Gustavo Borges

Houve de lá para cá um desequilíbrio humano. Sem saber que andava errada, a humanidade se embrenhou por caminhos tortuosos. Fomos tomados por uma neurose coletiva, uma compulsão por prazer, por compra, pelo dinheiro a qualquer custo. A cultura cedeu, mesmo com má vontade, espaço para a futilidade. O “saber” deixou de ser valor. O intangível foi desconsiderado, num mundo visual. Para muitos, vale mais um par de peitos de silicone do que ter a consciência do mundo em que vivemos. Vale o que é visível, ainda que seja falso. O hedonismo de Aristipo encontrou muitos adeptos. Também nunca a falsidade teve tanto valor. Já não importa mais “como” a pessoa fez sua escalada na vida, mas sim “onde” ela está. Oh! Maquiavel, que mau exemplo tu nos deste: “os fins justificam os meios”. O mais curioso de tudo isso é que os alpinistas sociais nunca leram Maquiavel…

Porém, sei que nesse ganho desumano e amoral, num surto coletivo, as montanhas ou as serras foram incluídas no pacote “do dinheiro a qualquer custo”.

Cabe lembrar que alguns brasileiros bem intencionados e ajustados emocionalmente, há mais de quarenta anos, estavam preocupados com o que poderia ocorrer com nossas serras. Mas a visão de futuro e a precaução de muitas pessoas de bem não foram suficientes para evitar a catástrofe. O grande Martinho da Vila já cantava.

E ontem deu no jornal / Que a cachaça aumentou / Tiraram o bosque de lá / Um prédio se levantou / Agora o sonho acabou / O som ficou devagar / A voz do Ciro calou / E a banda não vai tocar…

Na mesma época da música, fuscões e opalas carregavam nos vidros traseiros ou laterais, plásticos adesivos que diziam: “Olhe bem as montanhas”. Depois, uma segunda mensagem foi acrescentada: “Elas vão desaparecer”.

O tempo passou e pudemos constatar que, de fato, as montanhas – sejam lá com os nomes que quiserem dar a elas – estão desaparecendo. Agora, não existem nem serras, nem montanhas. Elas se transformaram em minério.

Não pretendo abrir discussão sobre a falta de atitude do governo, sobre a agressão às serras e ao descaso por outras questões vitais. Quero, por assim dizer, abrir os olhos das pessoas para que possam se conscientizar de que estamos destruindo a nossa própria vida quando deixamos que derrubem nossas montanhas e as nossas matas. As taxas anuais de desmatamento na Amazônia brasileira aumentaram 28% entre agosto de 2012 e julho de 2013.

A cada ano, a Amazônia Legal perde, em média, uma área de quase 5 mil quilômetros quadrados. Os cálculos foram feitos pela ONG Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Olhem bem os rios…

Sérgio Marchetti é educador, palestrante e professor. Possui Licenciatura em Letras, é pós-graduado em Educação Tecnológica e em Administração de Recursos Humanos. Atua em cursos de MBA e Pós-Graduação na Fundação Dom Cabral, B.I. International e Rehagro. Realiza treinamentos para empresas de grande porte no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br 

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A rádio cabeça da minha cabeça

por Convidado 8 de dezembro de 2014   Convidado

por Luiz Lobo

Paro o meu carro em um estacionamento e no carro da frente um adesivo chama minha atenção: “Pratique Gentileza”. A leitura me remete a vários lugares ao mesmo tempo, enquanto ouço na Rádio Cabeça a cantora Marisa Monte

“apagaram tudo, pintaram tudo de cinza, só ficou no muro, tristeza e tinta fresca (…) ler as letras e as palavras de Gentileza”.

O profeta Gentileza, que escreveu palavras suaves nos pilares do viaduto do Caju, no Rio de Janeiro, nasceu de uma tragédia – o incêndio criminoso do Gran Circus Norte Americano em Niterói, em dezembro de 1961. Lá morreram 500 pessoas, a maioria crianças. Gentileza, que ainda se chamava José Datrino, morou no que sobrou do incêndio e depois levou uma vida de andarilho, de maluco beleza, escrevendo coisas como “gentileza gera gentileza”.

Procuro uma nova estação na Rádio Cabeça, mas não acho. Portanto sem trilha sonora, enquanto o dial vagueia, começo a reparar nas pichações da cidade. Como é que este pessoal sai destruindo a paisagem assim? Com coisas sem sentido, sem nexo, esteticamente inqualificáveis. Porque não escrevem frases como o Gentileza?

Até as palavras de ordem são desconexas. Quando vejo uma pichação política, parece que entro em um túnel do tempo, tem gente que ainda está nos anos sessenta lá do século passado. Porque este pessoal não desenha coisas agradáveis? Sei lá… deve ser pelo mesmo motivo que o pessoal que tem aqueles sons de trio elétrico em seus carros só ouve música ruim. Você imagina um mané desses ouvindo a 9ª Sinfonia de Beethoven numa altura dessas? Ou Bach?  Só para ficar nos mais populares. Você já reparou o perfil de quem ouve música alta no som turbinado do carro? Repare: homem, jovem, sozinho e de boné… Deve ser fase oral mal resolvida. Um pouquinho de terapia e estaríamos todos livres de tanto mau gosto musical.

Já que o assunto pulou para o carro, quer lugar melhor para expressar a raiva do mundo que o trânsito? Tem gente que sai de casa com disposição de matar ou então morrer. Costura, fecha, corta, faz zigue zague, xinga, ameaça, e mais uma lista enorme de grosserias. Não posso deixar de pensar que essa postura se relaciona com alguns fatores, digamos assim, estranhos. Veja só, esses caras que saem acelerando, mostrando o carrão, o barulhão, a buzina, a coragem, me parecem ter o carro como uma extensão do corpo, ou melhor, extensão de uma parte do corpo que eles gostariam que fosse maior, mais saliente, enfim mais ativa…. Mas e se for mulher fazendo isso? Bom, acho que devem ser as mulheres  desses caras… De novo a terapia. Se infrator de transito fosse condenado a sessões de terapia, o número de acidentes com certeza diminuiria.

Vou andando e estou quase chegando ao meu destino, um cartório… Essa cruel invenção portuguesa, um agrado que os poderosos distribuíam aos seus apaniguados. Imagino que na porta do inferno, não há um portal como descrito por Dante e depois forjado por Rodin, mas sim um cartório. Os condenados ficarão uma parte da eternidade na fila, juntando papéis, documentos, fotos, assinaturas etc. Pensem bem no que um cartório faz. Ele cobra para dizer que aquilo que é seu… é seu! Que você é… você! Que a sua assinatura é… a sua assinatura! Se você respirar fundo dentro de um cartório terá de pagar mais um pouquinho. Tomam seu dinheiro na maior desfaçatez, mas é tudo legal, cheio de normas, regras, leis etc etc. Apesar disso tudo uma coisa me chama atenção: como os donos de cartório conseguem selecionar tanta gente mal humorada ou de mal com a vida para trabalhar atrás de seus balcões. Fala sério, deve ser uma tarefa difícil…

Bom,  resolvido o problema no cartório, retorno ao estacionamento, o carro com o adesivo da gentileza foi embora, sintonizo a Rádio Cabeça na programação de notícias. Lobão está falando mal do PT, Álvaro Dias conta detalhes de mais uma aplicação de botox, Arnaldo Jabor pede a canonização do cara da Petrobrás… Identifico um fundo musical… Noventa milhões em ação, pra frente Brasil !!!  Vou mudar de estação…

Luiz Lobo, engenheiro,  poeta bissexto, casado com Diva, cujo nome já a descreve muito bem, e também blogueiro. Escreve e fala de futebol, embora a bola não goste dele. Também escreve sobre música ou sobre qualquer outra coisa que faça barulho. Gosta de traduzir o economês dos jornais e de falar das coisas que o incomodam na política, sem nenhuma isenção.

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Autêntica Minas

por Convidado 24 de novembro de 2014   Pensata

por Benício Rocha

A minha cidade, autêntica Minas, de ruas amorosas aos pés de seus montes eternos, cuja eternidade só finda com a extração de minérios, primeiros mineiros, vive na paz e aconchego do clima de montanhas.

Pastos verdes, cachoeiras, ilhas de Mata Atlântica, gado, cafezais e nós, um aqui, outro ali, o Sol, um cachorro a latir amigavelmente, na estrada um carro apressado passa. Saudades da terra, poeira, charretes, carros de bois, tropas e tropeiros, paisagem mineira abraçando minha terrinha, mais que povoado, menos que cidade grande. Cidadão ali vive muito bem.

Igual a quase mil cidades, conjunto de poesias, com rimas perfeitas, e junto às mais lindas pessoas do mundo, Caratinga faz-se diferente somente porque os olhos que a vêem são os do meu coração, amante amolecido, saciado, que conhece de memória de menino cada centímetro daquele rincão, e sente seus cheiros pelo mundo afora.

Na cidade grande eu moro, mas naquele cantinho vivo, lembrando daquele menino que engenhava formas de tirar os morros que dividem a cidade em três para, na planura surgida, ver a cidade crescer, progredir…

Ainda bem que o empreendimento não aconteceu, o pouco progresso e o ainda menos ar de ontem me fazem lembrar de onde sou, como fui formado e como se desenvolveu em mim essa capacidade de, nem sempre, romper mas, contornar os obstáculos e, às vezes dividido, compreender, aceitar e ser feliz.

Nas lembranças me encontro quando me perco, e recomeço minha marcha caminhando para suas entranhas um dia.

Minha cidade e meu coração ainda pulsam… lentos, comedidos. E minha felicidade, eterna saudade, sem pressa os acompanha.

Catedral de São João Batista, em Caratinga. / Fonte: Site da Prefeitura Municipal

Catedral de São João Batista, em Caratinga. / Fonte: Site da Prefeitura Municipal

Benício Rocha é caratinguense ausente e saudoso, mineiro da gema, amante da boa prosa, sócio da MGerais Seguros, aprendiz de servo do Senhor.

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O feijão e o sonho

por Convidado 10 de novembro de 2014   Pensata

Por Sérgio Marchetti

Quando era criança li um livro chamado “O feijão e o sonho”, de Orígenes Lessa. Eu já possuía uma queda para a poesia e também para a licenciatura. Mas confesso que aquele romance mexeu comigo profundamente, balançou minhas convicções e me entristeceu. Eu não queria aceitar, porém sabia que havia razão na personagem da esposa do professor. Maria Rosa era racional, prática e com os pés no chão. Já o professor Campos Lara, o marido, amava a literatura, vibrava com suas aulas e vivia mais perto das nuvens.

Havia naquela personagem uma pureza e uma obstinada busca por fazer o melhor por seus alunos. Faria, se pudesse aquele professor, um implante de uma parte de sua memória na cabeça de cada aluno. Com sua conduta irreprovável representava o profissional dedicado, que vestia a camisa e defendia os interesses da organização a que servia. Naquele momento, eu torci para que o sonhador realizasse seus objetivos e que pudesse vencer na vida acreditando em seu sonho. Não aconteceu e me frustrei. Faltou o feijão e o casamento passou a ter problemas. Ainda assim, Campos Lara continuou acreditando que a felicidade estava na realização do sonho, e no amor pelo trabalho que fazia.

Naquele tempo, os valores eram completamente diferentes de hoje. E muita gente era feliz, mesmo que não houvesse muito “feijão”. O sonho valia muito, pois as pessoas eram respeitadas pela honestidade, dignidade e capacidade. E a figura do professor daquela época? Era muito diferente dos dias atuais. Os alunos respeitavam sua autoridade. Hoje, tudo mudou, e não há como viver no presente com os mapas do passado. Contudo, isso não significa que todos os mapas atuais estejam corretos. Um país que não se preocupa com a educação, entre tantas outras coisas básicas, não terá cidadania jamais.

Bem, de lá até os dias de hoje, o tempo passou e o mundo ficou ainda mais prático. Mas não é só o “feijão” que as pessoas desejam. “A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”. Assim cantaram os Titãs, e sua música retratou uma necessidade de todos. Do passado, vêm experiências, fatos que nos servem como marco, parâmetros e exemplos do que deu certo e também do que não deu. Sem passado não há como saber se evoluímos, pois ele nos fornece dados e parâmetros. O presente vem recheado de transformações e novidades. Somos passageiros de um mundo em movimento frenético de mudanças. “Para o mundo que eu quero descer”, gritaria o maluco beleza, grande Raul Seixas. Mas não há como parar a roda viva e, infelizmente, estamos sem condições de diminuir a velocidade do seu giro.

O atual cenário é marcado pela inversão, destruição e criação de valores num mundo que se tornou um só, graças à evolução da tecnologia. O planeta é único. Povos e culturas, ainda que distintos, se aproximaram. Palavras novas, expressões diferentes, atitudes insólitas surgem e se propagam como a luz pelo mundo afora e, em alguns casos, não temos como identificar de onde surgiram. Termos atuais como TOC, síndromes, aplicativos, combos, confirmam as constantes mudanças de hábitos, de linguagem e descrevem doenças, códigos e estratégias que formam uma nova maneira de viver.

Goleman, um dos psicólogos mais respeitados do mundo, em contrapartida, enfatizou que temos uma geração sem foco, com muitos déficits para tratar. A nomofobia faz parte do pacote, compõe o kit do desenvolvimento. Talvez seja um combo. Mas falando sério, trata-se de desconforto causado pela falta de acesso a aparelhos celulares e outros equipamentos tecnológicos, e surgiu como consequência de um mundo virtual em que pessoas não conseguem ficar desconectadas de seus aparelhos eletrônicos. Muitos não acreditam que estão se alienando, mas a doença tem sintomas como tremor, suor excessivo, falta de ar, vertigem, náuseas, taquicardia, dor de cabeça e, em casos mais extremos, depressão e síndrome do pânico.

Essa é a proposta de vida para um novo tempo, mas, convenhamos, haja “feijão” para surfar nas novas ondas. A vida ficou mais cara, com mais recursos, mais conforto, mais grifes, porém mais vazia e mais cansativa. Possivelmente a expressão “vazia” não seja a mais acertada, já que alguns vão discordar. Talvez pudesse dizer que vivemos no piloto automático e que o tempo ficou escasso para todos, devido justamente ao enorme número de opções que temos. É bem provável que o vazio possa vir da incerteza que o provisório nos trouxe. Os empregos, antes carreiras de trinta anos, hoje duram em torno de três anos ou menos, conforme algumas pesquisas nos informam. O ser humano se tornou imediatista e a impaciência é uma característica do novo cidadão. Quando alguém deixa a bateria do telefone acabar, ouve broncas, reclamações, como se tivesse cometido algum crime. A escravidão em tempos de amor virtual também não é visível, mas aprisiona a humanidade. Hoje, temos muitos feitores artificiais nos controlando durante vinte quatro horas. Basta olhar no saguão de espera dos aeroportos. Pior, quando a comissária, em pleno voo, anuncia que podem ser ligados os aparelhos eletrônicos, mesmo numa viagem de trinta minutos, todos os dependentes virtuais, parecendo ter longo período de abstinência, imediatamente ligam seus aparelhos.

Mas eu falava sobre “O Feijão e o Sonho”? Será que me distrai e perdi o foco? Falava da ideologia do professor e da praticidade de sua esposa. Mas isso já faz tanto tempo. As novas gerações não entenderiam o que se passava na cabeça de Campos Lara. Pensando melhor, creio que entenderiam sim, contudo o veriam como um tolo. Perdão, tolo é palavra do passado, agora o certo é “mané”.

Como vimos, o mundo não mudou – o mundo se transformou. Mas para não perder o foco, quero lembrar que as mulheres, representadas pela Maria Rosa (a personagem de “O Feijão e o Sonho”), já sabiam da importância do “feijão” e já demonstravam uma predileção especial por aquela hortaliça. Prova de que são bem práticas e proativas e, não por acaso, se adaptaram melhor do que os homens ao mundo contemporâneo.

Sérgio Marchetti é educador, palestrante e professor. Possui Licenciatura em Letras, é pós-graduado em Educação Tecnológica e em Administração de Recursos Humanos. Atua em cursos de MBA e Pós-Graduação na Fundação Dom Cabral, B.I. International e Rehagro. Realiza treinamentos para empresas de grande porte no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br 

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Aprendendo com as Copas

por Convidado 21 de julho de 2014   Futebol

por Igor Costoli

Depois de 1978, só duas Copas foram para campeões inéditos. Nesses 36 anos, o troféu ficou com os tradicionais Brasil, Itália, Alemanha e Argentina em sete de nove vezes.

O ponto aqui é: camisa pesa mesmo.

Nos últimos 24 anos, o teto da ambição para zebras e novidades costuma ser a fase de quartas. Camarões/90, Romênia/94, Senegal/02, Costa Rica/14. Mas de 1994 a 2010, ao menos uma delas sempre chegava nas semifinais: Bulgária/94, Croácia/98, Turquia/02, Portugal/06. Em 2010, a Espanha fez sua primeira final contra a Holanda, que tinha duas, mas nenhum título.

Depois da Argentina/78, o único campeão jogando em casa foi a França/98. Uma Itália regular, uma Coreia do Sul levemente empurrada no apito, uma Alemanha em processo de renovação e esse Brasil usaram o fator casa para chegarem até as semifinais, mas caíram com justiça diante de equipes mais preparadas.

O ponto até aqui é: camisa pesa e superação tem limites.

Zagallo saiu de coordenador para o cargo de técnico após o tetra em 94. Tinha história, era campeão do Mundo, saberia como ninguém nos levar ao título. Deu no que deu em 98. Parreira assumiu a seleção pós-2002. Tinha história, era campeão do Mundo, saberia como ninguém nos levar ao título. Deu no que deu em 2006. Felipão assumiu após a queda de Mano. Tinha história, era campeão do Mundo, saberia como ninguém nos levar ao título. Deu no que deu.

O ponto agora poderia ser: “a história se repete, primeiro como tragédia, depois como farsa”.

Felipão chegou a dizer o seguinte: “As equipes que estavam aqui eram muito boas, melhores do que a gente podia imaginar”. Há alguns meses o técnico do Vasco deu uma entrevista assim: “O nível das equipes no campeonato carioca está muito alto, você vê pelas dificuldades dos grandes contra os pequenos. Não consigo entender porque o Rio não tem mais times na série B”. Até aqui, o Vasco é apenas o oitavo nessa mesma série B que deveria ter os fortes times do interior do Rio.

O ponto aqui é: meu Deus, Felipão virou o Adilson Batista.

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