Aprendendo com as Copas

por Convidado 21 de julho de 2014   Futebol

por Igor Costoli

Depois de 1978, só duas Copas foram para campeões inéditos. Nesses 36 anos, o troféu ficou com os tradicionais Brasil, Itália, Alemanha e Argentina em sete de nove vezes.

O ponto aqui é: camisa pesa mesmo.

Nos últimos 24 anos, o teto da ambição para zebras e novidades costuma ser a fase de quartas. Camarões/90, Romênia/94, Senegal/02, Costa Rica/14. Mas de 1994 a 2010, ao menos uma delas sempre chegava nas semifinais: Bulgária/94, Croácia/98, Turquia/02, Portugal/06. Em 2010, a Espanha fez sua primeira final contra a Holanda, que tinha duas, mas nenhum título.

Depois da Argentina/78, o único campeão jogando em casa foi a França/98. Uma Itália regular, uma Coreia do Sul levemente empurrada no apito, uma Alemanha em processo de renovação e esse Brasil usaram o fator casa para chegarem até as semifinais, mas caíram com justiça diante de equipes mais preparadas.

O ponto até aqui é: camisa pesa e superação tem limites.

Zagallo saiu de coordenador para o cargo de técnico após o tetra em 94. Tinha história, era campeão do Mundo, saberia como ninguém nos levar ao título. Deu no que deu em 98. Parreira assumiu a seleção pós-2002. Tinha história, era campeão do Mundo, saberia como ninguém nos levar ao título. Deu no que deu em 2006. Felipão assumiu após a queda de Mano. Tinha história, era campeão do Mundo, saberia como ninguém nos levar ao título. Deu no que deu.

O ponto agora poderia ser: “a história se repete, primeiro como tragédia, depois como farsa”.

Felipão chegou a dizer o seguinte: “As equipes que estavam aqui eram muito boas, melhores do que a gente podia imaginar”. Há alguns meses o técnico do Vasco deu uma entrevista assim: “O nível das equipes no campeonato carioca está muito alto, você vê pelas dificuldades dos grandes contra os pequenos. Não consigo entender porque o Rio não tem mais times na série B”. Até aqui, o Vasco é apenas o oitavo nessa mesma série B que deveria ter os fortes times do interior do Rio.

O ponto aqui é: meu Deus, Felipão virou o Adilson Batista.

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