Aluga-se imóvel sem fiador

por Luis Borges 15 de março de 2021   Pensata

Espero que você esteja percebendo em suas caminhadas pela cidade de Belo Horizonte a grande quantidade de placas com os dizeres “Aluga-se” ou “vende-se” em imóveis diversos. Após um ano de pandemia o mercado imobiliário também busca se reposicionar estrategicamente dentro da lei da oferta e da procura nesse momento tão ruim da economia brasileira.

Quem já precisou de alugar um imóvel residencial – casa, apartamento, barracão – ou comercial – sala, loja, galpão – sabe bem das exigências que um locatário/inquilino deve atender. É por isso que chama a atenção dos mais atentos um anúncio de aluguel colocado na frente de uma loja numa das ruas mais movimentadas do bairro Santa Efigênia, na zona leste de Belo Horizonte. A descrição do imóvel mostra que trata-se de uma loja de 50m² com mezanino de 30m², uma vaga em frente à entrada para estacionamento de veículo, aluguel mensal de R$2.500,00 acrescido do IPTU de R$120,00. O proprietário solicita um locatário com renda mensal de R$8.000,00 e não é preciso fiador/avalista. Mas o que fica para ser dito por último pela imobiliária é que existe a necessidade de se fazer um Seguro Fiança que pode variar de 9% a 16% do valor do aluguel, o que depende de qual seguradora vai aprovar o cadastro do potencial locatário. Só ai fica claro que não é preciso fiador porque ele foi substituído por outra modalidade de garantia para o locador que, no caso, é o Seguro Fiança.

Será que essa loja vai ser alugada rapidamente após esse ano de pandemia que hoje esta em seu pior momento? Aliás, estima-se que cerca de 20% dos imóveis comerciais estão fechados em Belo Horizonte à espera de um novo inquilino, mesmo com os preços dos aluguéis semelhantes aos de um ano atrás ou até bem menores. Vale lembrar que muitos locatários conseguiram descontos de até 50% no valor de seus aluguéis por um determinado período no início da pandemia através de negociações bem como a troca do índice usado para reajustar os valores dos contratos renovados com o uso do IPCA no lugar do IGPM, que aliás, chegou a 28,95% em fevereiro desse ano.

Como deve estar sendo o posicionamento de muitas das pessoas que investiram na aquisição de imóveis para serem alugados na expectativa de que gerariam um complemento financeiro para os proventos da aposentadoria? Imaginemos o que é ter, de repente, um imóvel desocupado pois o inquilino não consegue mais pagar o preço contratual enquanto o proprietário não renegocia nada, na certeza de que não pode fazer nenhuma concessão para não prejudicar seu próprio orçamento. O inquilino devolve o imóvel e o proprietário, além de ficar sem o dinheiro do aluguel – mesmo pagando 15 % de imposto de renda e 10% de taxa de administração da imobiliária – ainda tem de arcar com o IPTU e o condomínio no caso de um edifício, por exemplo.

Não tenho a pretensão de esgotar o assunto, mas reflita um pouco sobre o que você faria se estivesse numa situação como a descrita aqui.

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Aluga-se este imóvel

por Luis Borges 20 de abril de 2016   Pensata

A quantidade de placas informando que “aluga-se este imóvel” ou simplesmente “aluga-se” está aumentando cada vez mais perante os olhos das pessoas mais observadoras e atentas à cena urbana. Os fatos e dados oriundos do mercado de locação de imóveis residenciais e comerciais mostram com clareza como as condições do jogo mudaram para os inquilinos/clientes e proprietários/fornecedores. A recessão econômica, o desemprego aberto e a enorme perda do poder aquisitivo em função do aumento da inflação são algumas das causas que tornaram a conjuntura bastante favorável aos clientes. Agora eles estão em posição de vantagem nas negociações para renovar um contrato de aluguel ou para celebrar um primeiro contrato.

O maior temor para um proprietário de imóvel é vê-lo desocupado. Com isso vem uma queda ou frustração de receita, acompanhada do pagamento de despesas com IPTU, seguro, taxa de condomínio e até mesmo de água/coleta de esgotos e energia elétrica nos casos em que não são desligadas. Dá para imaginar o drama que uma família que conta com o dinheiro vindo do aluguel de um ou mais imóveis para se somar ao salário do trabalho ou aos proventos de uma aposentadoria.

Encontrar quem queira pagar para pegar as chaves não está fácil... | Foto: Marina Borges

Encontrar quem queira pagar para pegar as chaves não está fácil… | Foto: Marina Borges

A não correção do valor do aluguel pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado, medido pela Fundação Getúlio Vargas) é uma prática que está se generalizando e, em muitos casos, tem sido acompanhada por reduções do valor nominal de 5% a 10%. No caso específico do aluguel de salas desocupadas no Centro de Belo Horizonte existem ofertas em que, nos 3 primeiros meses, o locador paga apenas as taxas de IPTU e condomínio. Nesse tipo de imóvel a demora para encontrar um novo inquilino pode chegar facilmente até 1 ano.

O fato relevante é que a maioria dos proprietários de imóveis tem agido com sabedoria para se reposicionar perante as novas condições do mercado e demonstra seguir o dito popular segundo o qual “é melhor ter um pássaro na mão do que dois voando”.

É claro que, de vez em quando, se ouve relatos de casos em que a ausência de inteligência estratégica prevaleceu e o resultado inevitável foi imóvel vazio e perda de renda. Se “a cada qual com o seu qual”,  a cada um também cabe responder pela suas escolhas.

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O MOVE, nome dado ao sistema de BRT de Belo Horizonte e região metropolitana, completou um ano de funcionamento há pouco tempo. E há estações que clamam por manutenção, como a que mostramos abaixo.

MOVE estação Aarão Reis

Estação na Rua Aarão Reis, no Centro de BH. / Foto: Sérgio Verteiro

Na última terça-feira, dia 19 de maio, uma delas estava assim – bastante deteriorada, com buracos no teto do abrigo.

MOVE aarão manutenção

Foto: Sérgio Verteiro

A falta de teto está acima dos bancos onde os passageiros esperam pelos ônibus. Em alguns horários do dia, falta proteção para o sol e também para a chuva.

Move  manutenção

Foto: Sérgio Verteiro

A situação se repete em outro ponto de ônibus na mesma rua Aarão Reis, no Centro e Belo Horizonte.

MOVE aarão manutenção

Foto: Sérgio Verteiro

É possível ler numa placa afixada na estação maior o texto “terminal provisório”. Mas a sensação é de que ele se tornou “provinitivo”, um provisório definitivo.

Duro lembrar que conforto, rapidez, integração, frequência e pontualidade são as principais premissas do Transporte Rápido por Ônibus, cujo sistema foi inicialmente chamado de BRT e, posteriormente, batizado com a marca MOVE, para explicitando o foco na mobilidade.

Pelo menos nessas estações, o conforto está em falta.

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Dia 8 de março, domingo, o Move completa um ano de operações. Move é o nome dado ao sistema de BRT (Bus Rapid Transit, ou sistema de transporte rápido por ônibus) de Belo Horizonte, no qual a Prefeitura de BH já investiu mais de 1 bilhão de reais.

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Foto: Sérgio Verteiro

No Observação e Análise temos abordado diversos temas ligados à mobilidade urbana em Belo Horizonte e RMBH, muitas envolvendo o BRT ou Move. Você pode relembrar os textos aqui.

Apesar de todos termos o direito de ir e vir, assegurado pela Constituição Federal, é necessário avaliar como estava a mobilidade urbana antes do início da operação do Move e como ela está hoje. Valeu a pena o investimento? O sistema adotado “despiorou”, ainda continua ruim ou apresenta algum grau de melhoria visível?

Espero que a BHTrans, empresa gerenciadora do sistema viário, já tenha uma avaliação crítica estruturada, mostrando claramente o que foi planejado, o que foi executado, o nível de resultados alcançados, os principais problemas pendentes e o planejamento dos próximos passos, com o respectivo horizonte de tempo. Espero também que essa análise tenha sido feita ouvindo todas as partes interessadas, contemplando os usuários dos serviços de ônibus, os usuários de outros veículos automotores ou não, os pedestres, as empresas concessionárias do serviço de transporte por ônibus e as associações de moradores.

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Foto: Sérgio Verteiro

Os problemas que envolvem a operação e o uso do Move não podem ser negados, ignorados ou justificados com desculpas. Problema deve ser admitido e resolvido, conforme nos ensina um dos fundamentos da gestão. Quem acompanha a vida da cidade deve estar vendo pelo rádio, televisão, internet e jornais impressos muitos fatos e dados nas pautas sobre o Move. É o caso da avaliação feita pelo jornal Estado de Minas, publicada na edição da segunda feira 02 de março. Nas fotografias deste post estão um retrato do Move Cristiano Machado no mesmo dia.

Fica a pergunta: se você fosse consultado em uma pesquisa de opinião para avaliar o desempenho do BRT/Move ao longo desse 1 ano, que nota você daria na escala de 0 a 10? 

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Foto: Sérgio Verteiro

Nada é tão bom que não possa ser melhorado, ainda que alguns insistam em dizer que vai tudo bem, obrigado.

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O BRT-Move já foi abordado aqui no Observação e Análise em pelo menos três ocasiões. Em uma delas mostramos problemas de desnível e insegurança nas estações de transferência. Em outra ocasião, falamos do ar-condicionado que não funcionava e das portas automáticas que não eram automáticas. Por fim, em 23 de dezembro, mostramos o estado precário da faixa do Move na Avenida Vilarinho.

Nosso olhar atento para registrar as coisas que impactam nossas vidas nos permitiu verificar, nesse quente janeiro, que a avenida Vilarinho está sendo recuperada, conforme mostram as fotografias a seguir. Todas são de Sérgio Verteiro e foram feitas na semana passada. 

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Pela fotografia, é possível ver a separação entre as faixas, evidenciando o asfalto recentemente colocado.

Fazendo uma reflexão sem dor, mas que dói muito, verificamos a intensidade do desperdício dos recursos públicos, sempre escassos diante de tantas necessidades. A pergunta é muito simples e direta. Por que a avenida ficou tão estragada num curto espaço de tempo ? Será que as causas desse problema estão no projeto, na especificação ou aquisição dos materiais utilizados, na construção da pista exclusiva, na auditoria da qualidade para verificar a conformidade com tudo o que foi especificado e suas respectivas normas técnicas?

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Nunca é demais lembrar que um dos fundamentos da Gestão nos ensina que devemos fazer o certo desde a primeira vez e sempre referenciados pelas melhores práticas no tema em questão. O BRT-Move ainda vai completar um ano de operação, mas nos dá a sensação de que muita coisa foi feita às pressas e na base da tentativa e erro. Remendar e consertar  sai cada vez mais caro para a população, que custeia esses empreendimentos com o pagamento de impostos, além de perder tempo e se sentir tão insegura quanto desconfortável no uso diário desse serviço implantado em nome da mobilidade urbana.

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Já são dez meses de operação do Sistema de Transporte Rápido por Ônibus de BH, o Move. Seu objetivo principal e óbvio é a melhoria da mobilidade para seus usuários. Os investimentos da Prefeitura de BH no sistema já passam de R$ 1 bilhão, sendo a maior parte financiada pela Caixa Econômica Federal.

Nesse período o sistema enfrentou diversos problemas. Eles vão desde a queda do Viaduto Batalha dos Guararapes até as pouco amigáveis estações, como as dos bairros São Gabriel e Pampulha. Aqui no Observação & Análise apontamos falhas em pelo menos duas ocasiões. Em agosto, falamos das portas das estações, que nunca fecham, e da ausência de ar condicionado numa viagem durante uma noite de sábado. No mesmo mês, mostramos o desnível entre o ônibus e a plataforma de embarque e desembarque.

É urgente uma avaliação da efetividade do sistema, feita em cima dos fatos e dos dados coletados. Cabe à BHTrans mostrar – de forma transparente e de fácil compreensão para todos os interessados – o que foi planejado, o que foi executado, os resultados positivos e negativos alcançados, o que está pendente e quais serão os próximos passos para a conclusão do processo.

Outro ponto importante é clarear o que será feito no local onde ficava o viaduto que caiu. Será feita uma trincheira? Também é preciso resolver definitivamente a acessibilidade e apresentar o plano geral de manutenção.

Nessa avaliação, espero que seja feita uma análise crítica da avenida Vilarinho, em Venda Nova, onde o BRT circula em faixa exclusiva. O estado de conservação dela é assustador se levarmos em conta o pouco tempo de uso, como mostram as fotografias deste post.

Faixa exclusiva do Move, esburacada, na Av. Vilarinho /

Faixa exclusiva do Move, esburacada, na Av. Vilarinho / Foto: Sérgio Verteiro

Consultei, informalmente, um engenheiro especialista em sistemas viários. Numa análise rápida, ele afirmou que a pista no local deveria ter sido feita em concreto, por ser exclusiva para os ônibus. O engenheiro avalia que o asfalto ali implantado é naturalmente mais flexível, o que facilita a penetração de líquidos pelas pequenas fissuras que os conduzem até a sub-base, tornando mais fácil a formação de “rodeiros” devido à passagem sistemática dos pneus no mesmo lugar da pista mais maleável. Na prática o caminho fica bem marcado, como no clássico “caminho da roça”.

Outro ponto da av. Vilarinho

Outro ponto da av. Vilarinho / Foto: Sérgio Verteiro

Espero que a avaliação do BRT seja feita logo, dando voz a todas as partes interessadas e impactadas por esse sistema de transporte, e os resultados divulgados. Quem sabe, assim, o Move poderá cumprir plenamente o seu propósito.

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A mobilidade urbana no sábado à noite continua sendo um desafio para os usuários do sistema BRT/Move e para a BHtrans, sua gestora. As fotografias aqui postadas foram feitas por um usuário do sistema na noite de sábado, 23 de agosto, entre 22:20 horas e 23:05 horas, na estação Ouro Minas da avenida Cristiano Machado.

Ônibus do BRT/Move chegando à estação

Ônibus do BRT/Move chegando à estação.

Durante 45 minutos ele esperou pelo ônibus da linha 62 que o levaria até a região de Venda Nova. Além da demora para embarcar ele percebeu as portas automáticas da estação totalmente abertas o tempo todo. Aliás, isso foi percebido por ele também em todas as estações da avenida Cristiano Machado por onde passou ao longo do sábado.

Portas abertas na estação

Enquanto ele esperava pelo ônibus, as pessoas se aglomeraram na estação e era plenamente possível entrar lá sem pagar. O painel anunciava o tempo que faltava para o ônibus chegar. Esgotado o tempo, nada de ônibus. Aí o painel passou a anunciar que ele estava se aproximando. Finalmente, às 23:05, dois ônibus chegaram à estação e o mais vazio deles nem parou. Todos os passageiros embarcaram, mas em nenhum momento o ar condicionado foi ligado, o que causou grande desconforto térmico para os usuários, cuja maioria fazia o trajeto em pé. Alguns passageiros mais exaltados chegaram a falar em quebradeira e ateamento de fogo no ônibus.

Ônibus lotado na noite de sábado.

Ônibus lotado na noite de sábado.

Esse usuário retornou de Venda Nova para o bairro União na tarde de domingo, ocasião em que as portas automáticas das estações do trecho percorrido continuavam totalmente abertas e o ar condicionado do ônibus só foi ligado após gritos dos passageiros reivindicando seu acionamento. Para a BHtrans, tudo deve estar normal e fazer parte do processo de implantação do BRT/Move. Até quando? Os fatos não deixam de existir só porque são ignorados, já dizia Aldous Huxley em seu livro “Admirável Mundo Novo”.

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O BRT/Move é o assunto da semana em Belo Horizonte, após a entrada em operação do Corredor Antônio Carlos e da Estação Pampulha. 

Aproveitamos para recordar algumas promessas do ano de 2009, todas publicadas no portal da Bhtrans. No link também é possível ver as outras vezes que o termo “BRT” aparece no site da empresa e relembrar outros pontos implantação do sistema na cidade.

09/09 – BH não vai parar
Presidente da BHTRANS afirma que o trânsito da capital não vai ficar engessado dentro de alguns anos como indicam alguns estudos e diz que várias ações estão encaminhadas para que a cidade corrija problemas históricos. 
20/09 – Soluções de mobilidade são debatidas em seminário da PBH
Prefeito assina convênio de cooperação com instituto que desenvolve projetos em vários países para solucionar problemas de mobilidade. 
 
01/10 – Curitiba inspira projeto de transporte para jogos
Capital paranaense inaugura 6º corredor expresso e chega a 81 quilômetros de vias exclusivas para ônibus.
 
01/10 – BHTRANS aponta soluções para o transporte público em Congresso
Investimentos em mobilidade urbana, com Transporte Rápido por Ônibus, prepara capital mineira para Copa de 2014.
O presidente da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTRANS), Ramon Victor Cesar, ao participar do 17° Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito que termina nesta sexta-feira (2 de outubro) em Curitiba (PR), afirmou que Belo Horizonte está se preparando para a Copa do Mundo de 2014 e um dos principais projetos de mobilidade urbana para a realização do evento, o BRT (Bus Rapid Transit), o Transporte Rápido por Ônibus da avenida Antônio Carlos, deverá ter concluída sua fase de licitação em outubro próximo e ser concluído em nove meses, tendo início de implantação ainda no segundo semestre de 2010.
 
14/10 – Implantação do Bus Rapid Transit (BRT) e Anel Rodoviário definidos como prioridades
Viurbs é apresentado ao conselho de desenvolvimento metropolitano com impacto sobre 54% do tráfego de BH. 

O programa de Reestruturação Viária e Urbana de Belo Horizonte (Viurbs/Corta Caminho), que visa melhorar o sistema de vias da cidade por meio de um conjunto de propostas que prevê 148 intervenções para criar alternativas transversais de trânsito de uma região a outra, des­con­gestionando o hipercentro da capital foi apresentado à  reunião do Conselho Metropolitano da Região Metropolitana realizada na sede da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Políticas Urbanas.
 
20/11 – PAC vai liberar R$ 700 mi para destravar o trânsito de BH 
Governo Federal cria linha de crédito para financiar obras de mobilidade; capital mineira vai implantar corredores rápidos de ônibus. 
 
16/12 – BH vai receber R$ 1 bilhão para investir em obras de mobilidade
Articulação de recursos junto ao Governo Federal foi tratada em reunião em Brasília. 

Os projetos em mobilidade urbana de Belo Horizonte ganham impulso com a articulação de recursos da ordem de R$ 1 bilhão entre a Prefeitura de Belo Horizonte e o Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades. Os empreendimentos a serem financiados têm previsão de serem finalizados até o final de 2012.
 
22/12 – PBH a um passo da contratação de recursos para a Copa 2014
Valor será aplicado no sistema Bus Rapid Transit que transporta maior número de passageiros e com mais rapidez. 

A Câmara Municipal aprovou, em primeiro turno, com 31 votos a favor e uma abstenção, o Projeto de Lei 853/09, que autoriza o Executivo a contratar empréstimo de RS 1,6 bilhão para o início, no ano que vem, de obras de mobilidade urbana.
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“Deus está morto”

por Convidado 28 de fevereiro de 2024   Convidado

por Sérgio Marchetti*

“É comum a gente sonhar, eu sei, quando vem o entardecer” (V.de Moraes)

Desculpe-me, leitor mais otimista. E, creia, também tenho esperança de um mundo melhor. Porém, conforme já me manifestei, ultimamente tenho sonhado que os humanos estão perdendo a sua essência ou o amor ao próximo. Confesso que tenho andado muito descrente da boa-fé das pessoas. Calma, leitor! Não estou generalizando. Entretanto, somente com o intuito de exemplificar, você há de convir que, nos tempos atuais, a desonestidade deixou de ser um empecilho para a ascensão social. E, pior do que constatar essa verdade, é saber que a ignomínia, antes motivo de vergonha, de degradação social, hoje, é omitida ou até admirada como virtude, dependendo dos interesses e do caráter de quem a avalia.

“[…]o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.” (Rui Barbosa)

Desde criança abomino a mentira, a falsidade. Mas o verbo enganar tem sido o mais conjugado. Depois dele o verbo perseguir. Porém, o que mais me incomoda são os oportunistas, os “vira-folhas”, os que mentem descaradamente ao exaltarem qualidades pessoais de terceiros que, em seu âmago (se âmago eles têm), não as reconhecem. Aqueles, prezado leitor, prestam um desserviço à pátria e, pior, cometem o crime de ludibriar seu interlocutor e sua audiência.

Mas o grande pensador, Heráclito (540 a.C.-470 a.C.): dizia: “Nada é permanente, exceto a mudança”.  Então, “não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe”. A meu ver, estamos vivendo um processo mundial. Sendo otimista, imagino que estejamos vivenciando a metamorfose da lagarta para borboleta. E há sempre dor na evolução. Contudo, o esforço seria premiado. Neste caso a esperança se iluminaria: “[…] o mundo voltou a começar” (Guimarães Rosa). Que assim seja!

Por outro lado, na outra face da moeda, a do pessimista, podemos utilizar o pensamento de Parmênides (530 a.C.-460 a.C.), que afirma que, ao contrário das prerrogativas de Heráclito, o movimento e a transformação são apenas ilusórios. Assim, tudo é imóvel e imutável, tudo permanece.

Deixando a profundidade filosófica de lado, acredito que há coisas permanentes, embora o mundo esteja em constante movimento. E, para alcançarmos um estágio melhor, o primeiro passo deve ser dado por nós.  Não espere, leitor, pelo salvador da pátria. Não me iludo, mas sei que posso fazer a minha parte. E você, que lê esta malfadada prosa, também pode contribuir. Não haverá o mal se o bem prevalecer. Não havendo receptador, muitos ladrões perecerão. Não haverá tráfico de drogas se não houver quem as compre. Não haverá político desonesto eleito se nós não votarmos nele. Não haverá uma emissora ou um profissional espalhando inverdades se ninguém sintonizar em seu canal.

É chegada a hora de fazer a mea-culpa.  A natureza não se desequilibrou sozinha. Foi o homem quem fez isso. E tudo nos remete a Nietzsche, o filósofo alemão, que afirmou: “Deus está morto”.  Mas não o Deus que conhecemos. Na verdade, significou a morte da metafísica que é, por assim dizer, a área que estuda a natureza, a razão, o ser humano, a realidade suprassensível (que não pode ser percebida pelos sentidos), mas que, menos do que nos dias atuais, sofreu com o descaso pela vida humana, com a quebra de padrões, da ética e com o desprezo de valores maiores.

A vida, assim como a moeda, tem dois lados muito bem definidos.  A escolha é nossa.

 

*Sérgio Marchetti é educador, palestrante e professor. Possui licenciatura em Letras, é pós-graduado em Educação Tecnológica e em Administração de Recursos Humanos. Atua em cursos de MBA e Pós-Graduação na Fundação Dom Cabral, B.I. International e Rehagro. Realiza treinamentos para empresas de grande porte no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br

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Curtas e Curtinhas

por Luis Borges 13 de fevereiro de 2024   Curtas e curtinhas

Viajando pela BR-262

Quem viajou de Belo Horizonte para Araxá na manhã de sábado, 03 de fevereiro, e voltou para BH no final da tarde, início da noite do domingo 04 de fevereiro, deve ter feito boas observações e análises sobre o que viu na estrada. A pista continua simples entre Nova Serrana-Araxá-Uberaba. No posto de pedágio, nas proximidades do restaurante Milhão, no Município de Florestal, o pedágio é R$ 6,40. O mesmo valor é cobrado no Município de Luz e chega a R$ 7,10 no Município de Campos Altos. A ida e volta para um automóvel fica em R$ 39,80 só de pedágio. O IPVA é outra coisa, outro imposto.

Como sempre a pista está ruim nos dois sentidos da estrada, principalmente entre Luz e Araxá. Motoristas imprudentes estão presentes em todo o trecho, seja na pista simples, terceira faixa e na pista dupla.

Continua ativo o movimento que reivindica a duplicação do trecho que vai de Nova Serrana até Uberaba, conforme previsto no contrato de concessão desse bem público à iniciativa privada há quase ¼ de século.

No percurso de ida e volta no tempo citado, não foi possível ver nenhum agente de fiscalização rodoviária Federal, seja nas pistas e nas bases de apoio.

Enquanto isso os acidentes persistem, pessoas morrem e a economia de toda a região sofre com as perdas e danos. Até quando?

Será que o programa Voa Brasil vai decolar?

Anunciado em fevereiro do ano passado, o programa Voa Brasil seria lançado pelo Governo Federal no dia 5 de fevereiro, mas foi adiado, dessa vez para alguma data a partir de março. O preço da passagem está previsto para ser de R$ 200,00 por trecho voado. O programa se destinará aos 21 milhões de aposentados do INSS que recebem até 2 salários mínimos mensalmente, desde que não tenham viajado de avião nos últimos 12 meses, bem como aos 600 mil estudantes que recebem bolsa de estudos do programa Prouni.

Participaram do programa as companhias aéreas Latam, Azul e Gol, que respondem por 98% das linhas aéreas do mercado interno brasileiro. Elas prometem ofertar até 6 milhões de passagens e o programa poderá ser acessado por meio de um aplicativo a ser disponibilizado no dia seguinte ao lançamento.

Vale lembrar que o IBGE divulgou que os preços das passagens aéreas tiveram aumento de 48% em 2023 enquanto a inflação anual medida pelo IPCA foi de 4,62% no mesmo período. Por outro lado, as companhias aéreas alegam que tiveram muitos prejuízos a partir da pandemia da Covid-19, questionam os preços de querosene de avião e reivindicam do Governo Federal um fundo com no mínimo R$ 3 bilhões de reais para socorre-las. Além disso, a companhia Gol pediu recuperação judicial nos EUA , que foi prontamente aceita.

A conferir.

O mercado Pet

Já estamos no 25º ano do século XXI e podemos perceber a relevância que o mercado Pet ganhou no Brasil. Cães, gatos, aves e peixes passaram, cada vez mais, a fazer parte da vida e do amor das famílias no cotidiano e viver também dentro de casa, cercados de cuidados na alimentação e na medicina veterinária, principalmente, o que impacta no aumento da longevidade de cada um.

O chamado mercado pet mundial é liderado pelos Estados Unidos da América, disparado o maior, seguido por Brasil, Japão, França e Alemanha, que tem se revezado do 2º ao 5º lugar nos últimos anos.

Você também tem um animal que faz parte da sua vida em casa?

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