Vale a leitura

por Luis Borges 11 de setembro de 2016   Vale a leitura

Começar de novo o quê?

Na atual conjuntura do país estamos sendo confrontados cada vez mais pela situação de desemprego, seja ele de próximos ou até mesmo o nosso. Como se posicionar num momento tão difícil? O artigo Perdi o emprego. E agora? De mudar de carreira a abrir o próprio negócio, saiba o que fazer (e o que não fazer) apresenta um “guia de sobrevivência” a essa fase. A reportagem aponta quatro possíveis caminhos, e alerta:

“ao escolher qualquer caminho, é preciso deixar de lado o desespero e refletir sobre suas habilidades, defeitos e desejos, além das necessidades do mercado. Quais são suas qualidades? No que deve melhorar? E do que o mercado precisa hoje?

“A primeira coisa é se convencer de que é uma situação passageira. Aproveite esse momento para pensar na sua carreira. Se está desempregado, foi algo conjuntural ou pessoal? Como tem sido sua trajetória até aqui? Você precisa se entender”, diz Márcia Damia, administradora e vice-coordenadora do Escritório de Desenvolvimento de Carreiras da USP.”

É viável a redução da jornada de trabalho?

Entre as diversas propostas para a possível (e polêmica) Reforma Trabalhista, está a redução da jornada de trabalho. Bandeira dos movimentos sociais, a diminuição da jornada de 44 h semanais tem sido falada há tempos e diversas variáveis devem ser consideradas por quem deve estudar o assunto com profundidade e consistência. Uma boa contribuição para isso está no artigo Por que ainda trabalhamos 8 horas por dia? Especialistas respondem.

“Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 2015 teve a menor jornada média de trabalho já registrada no Brasil, com 39,9 horas semanais. Para Giuseppina De Grazia, doutora em sociologia pela USP (Universidade de São Paulo) e professora aposentada da UFF (Universidade Federal Fluminense), considerando o conjunto da população de empregados, desempregados e trabalhadores parciais, esse índice não reflete uma redução real. “Enquanto uns trabalham de 50 a 60 horas, fazendo extra para não perder o emprego ou aumentar o salário, outros são obrigados a sobreviver de bicos temporários e precarizados”, diz.”

Sem chance de poupar

Um colchão financeiro é sempre um facilitador para quem quer superar, com alguma tranquilidade, momentos difíceis e inesperados no curso da vida. Poupar o dinheiro para fazer o colchão é um grande desafio e, para muitos, é impossível em função de diversas causas. Mas será que é tão impossível assim? É o que aborda Sophia Camargo no artigo Poupar é missão impossível? 9 vilões que impedem você de guardar dinheiro. Os pequenos gastos estão entre os vilões apresentados:

“Tomar aquele café com pão de queijo na padaria são R$ 10 a menos no bolso. Se for todo dia, são R$ 300 a menos por mês. Se você guardasse esses R$ 300 por mês*, em um ano teria R$ 3.639. O que você faria com esse dinheiro extra?”

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Que trabalho é esse?

por Luis Borges 8 de setembro de 2016   Música na conjuntura

A Reforma Trabalhista está entrando com força na pauta, apresentada como mais uma das medidas salvadoras na busca do reequilíbrio das combalidas contas públicas. Ela contracenará com a tão falada Reforma da Previdência Social. Essas duas reformas estão sendo tratadas como as soluções para todos os erros e males que afetam o capitalismo brasileiro, agora em seu segundo ano de recessão econômica.

Diante de diagnósticos que nem sempre são feitos com a necessária amplitude e consistência metodológica, verifica-se a prevalência de muitos prognósticos alarmistas e a veiculação de diversas proposições de medidas para solucionar os problemas com a cara dos tecnocratas que as formulam.

Como parte dessa Reforma Trabalhista, que deve chegar ao Congresso em setembro, surgiu a proposição de dois novos tipos de contrato de trabalho. São o “contrato parcial” e o “contrato intermitente”, cujas jornadas de trabalho semanais serão menores que as 44 horas atualmente em vigor. Segundo a proposta, o “contrato parcial” terá a jornada de trabalho previamente definida em dias e horas. Um bom exemplo ilustrativo poderia ser o trabalho num bar nos finais de semana, propício para quem precisa complementar renda ou mesmo para quem procura uma primeira oportunidade de trabalho e, é claro, para quem está literalmente desempregado.

Já o “contrato intermitente” permitirá ao contratante acionar o empregado conforme suas necessidades específicas em variados dias do mês. Poderia ser adequado, por exemplo, a uma empresa de eventos, que contrata seus atendentes e garçons em função dos contratos fechados, que variam ao longo da semana e do mês. Mas, na verdade, não sei se os tecnocratas consideraram em seus estudos que boa parte desse tipo de contratação é feita atualmente na informalidade.

Enquanto a sereia canta, embalada por 11,8 milhões de pessoas desocupadas segundo dados do IBGE, e muitos economistas projetam uma retomada das contratações lá pelo meio do ano que vem, muitas ainda serão as discussões e proposições no sentido de mostrar a viabilidade desses tipos de contratos. Mas tudo pode ser acompanhado pela voz de Paulinho da Viola na música Que trabalho é esse?, de autoria de Zorba Devagar e Micau.

Que trabalho é esse?
Fonte: Letras.mus.br

Que Trabalho é Esse?

Que trabalho é esse
Que mandaram me chamar
Se for pra carregar pedra
Não adianta, eu não vou lá

Quando chego no trabalho
O patrão vem com aquela história
Que o serviço não está rendendo
Eu peço minhas contas e vou-m'embora
Quando falo no aumento
Ele sempre diz que não é hora

Veja só meu companheiro
A vida de um trabalhador
Trabalhar por tão pouco dinheiro
Não é mole, não senhor
Pra viver dessa maneira
Eu prefiro ficar como estou

Todo dia tudo aumenta
Ninguém pode viver de ilusão
Assim eu não posso ficar, meu compadre
Esperando meu patrão
E a família lá casa sem arroz e sem feijão
Como é que fica!

É mestre(?) Madeira(???)
Só ficou faltando você
E aquele Adolfo
E aquele sapateado
E aquele sorriso, né?
Mas não tem nada, não...
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Se convidado for

por Luis Borges 6 de setembro de 2016   Pensata

A expressão “santo de casa não faz milagre” é antiga, mas continua extremamente atual e dando sinais de vitalidade e perenidade. A vida em família é rica em exemplos que provam isso e vou destacar apenas um, que me foi dado por pessoas diferentes.

É comum que os membros da família tentem se ajudar uns aos outros, dando sugestões para resolver problemas, por exemplo. Às vezes as sugestões são aceitas de bom grado. Mas em outros casos, os conselhos e orientações que um filho recebe do pai, por exemplo, são recebidos com reticência ou displicência. Mas basta uma pessoa externa à família fazer a mesma sugestão para que os conselhos sejam aceitos e acatados com alegria.

É uma situação complexa, pois a pessoa que enfrenta o problema nem sempre quer ou aceita a opinião da família. E, por outro lado, quem dá sua opinião se sente desprestigiado, principalmente quando tem vivência e conhecimentos para auxiliar na resolução do problema. Em alguns casos, os embates só tiram as energias e pioram o clima familiar.

Foi por isso que meus interlocutores chegaram à conclusão de que “santo de casa não faz milagre”. Um deles disse que, daqui em diante, só se manifestará quando e se convidado for. E se não for, não vai sofrer.

E você, já passou por essa situação? Caso positivo, como agiu? Tentou “fazer milagre” ou deixou que a pessoa envolvida vivesse seu processo histórico? Compartilhe sua opinião com os leitores do blog nos comentários.

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O balão de ensaio da Previdência

por Luis Borges 2 de setembro de 2016   Pensata

O Governo Federal ainda não apresentou o texto de sua proposta para a reforma da Previdência Social que abrange os trabalhadores dos setores público e privado. A expectativa é que isso só acontecerá mais para o final do ano, bem próximo do período de “recesso branco” e férias do Congresso Nacional. Assim sendo, as discussões mais acaloradas em função dos interesses que estão em jogo, a votação da proposta final e a sanção da Lei só acontecerão no próximo ano. É claro que tudo isso será permeado pela crise política, econômica e social em curso, além de sermos sabedores de que a reforma da Previdência não é a panaceia para todos os males que acometem o país.

Enquanto isso são frequentes as entrevistas de Ministros mais ligados ao tema apresentando alguns fatos e dados sobre a situação atual, justificando as premissas que eles julgam necessárias para reger os novos tempos da Previdência Social. Essa “lenga lenga” fica parecendo um balão de ensaio, uma sucessão de testes pelos quais se tenta medir a repercussão de cada medida proposta. Se a aceitação for boa, a coisa segue em frente e, em caso contrário, é só recuar ou dizer que ocorreu “um mal entendido”. Fica a sensação de que se está “jogando verde para colher maduro”, conforme o dito popular.

No início de junho, esse tema foi abordado no Observação e Análise (aqui e aqui). Mas o fato relevante é que, após 3 meses de muita falação, o que mais se percebe é o temor da população de perder direitos adquiridos. Daí a pressa na solicitação das aposentadorias de quem cumpre os requisitos necessários atualmente e simulações de como ficaria o enquadramento de cada caso segundo os novos parâmetros lançados nos balões de ensaio.

Apesar de ainda estarmos longe do que será o resultado final de tudo isso, espero que seja racional, realista e sem privilégios, diante dos recursos finitos que a sociedade como um todo dispõe para tal fim. Só falar no envelhecimento da população ou dizer que se não ocorrerem mudanças de parâmetros os velhinhos correrão o risco de ficar sem receber suas aposentadorias soa mais como ameaça para convencer que a reforma é urgente e obrigatória. Nesse caso específico, o discurso é focado nos segurados do INSS e deixa de lado os servidores públicos de todos os níveis e poderes.

É fundamental que haja muita transparência e amplitude com as informações que serão usadas e disseminadas estrategicamente conforme o interesse de cada uma das partes envolvidas. Vou citar apenas um exemplo para justificar essa minha expectativa. Será que é fácil encontrar o valor do PIB que o país gasta hoje com o Regime Geral da Previdência Social, que atende aos trabalhadores do setor privado, e ao Regime Próprio da Previdência Social dos servidores públicos federais, estaduais e municipais? Após muito pesquisar e cruzar dados nas fontes do próprio Governo Federal cheguei aos números a seguir:

observacao_e_analise_grafico_previdencia

Os aposentados do setor privado receberão, em 2016, valor equivalente a 8,1% do PIB – 6,3% serão para os trabalhadores urbanos e 1,8% para os trabalhadores rurais. Esse valor será distribuído entre 32,3 milhões de aposentados, dos quais 22,4 milhões recebem o salário mínimo de R$880,00 e 9,9 milhões recebem acima do mínimo até o inatingível teto de R$5.183,00.

Já os aposentados do setor público receberão valor equivalente a 4,5% do PIB, sendo 1,8% para os servidores federais e 2,7% para os servidores estaduais e municipais. Um dado importante é que, em 2014 (dado mais recente encontrado), esses gastos foram feitos com 978 mil servidores federais e com 2,5 milhões de servidores estaduais e municipais. O teto salarial do funcionalismo público é, atualmente, de R$33.700.

Só por essa pequena amostra já fica evidente que a profundidade das nossas observações e análises em relação à reforma da Previdência Social deve ser bem maior que a de um pires…

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Curtas e curtinhas

por Luis Borges 29 de agosto de 2016   Curtas e curtinhas

Orçamento da União para 2017

Dia 31 de agosto vence o prazo constitucional para que o Poder Executivo Federal envie ao Congresso Nacional a proposta de Orçamento para 2017. Quase que essa proposta foi apresentada sem a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano, o que só aconteceu em cima da hora, no meio da semana passada.

Com a arrecadação federal em queda e os gastos sempre crescentes umas das premissas do Orçamento será a criação de um teto para os gastos públicos. É claro que, para vigorar esse limite, será imprescindível a aprovação da PEC 241/16, que prevê o reajuste dos gastos pela inflação do ano anterior, sem nenhum aumento real nos próximos 9 anos. Outra diretriz é a projeção de crescimento do PIB de 1,6% no ano, o que significará a saída do país da recessão econômica. Mas não tenhamos dúvidas de que se qualquer coisa não der certo a saída será o aumento das alíquotas de vários tributos, o que evitará a recriação do imposto sobre os cheques. A conferir.

Crédito para beneficiários do Bolsa Família

O Governo Federal continua em busca de popularidade e apoio entre as camadas mais pobres da população. Agora está elaborando um programa de crédito para os beneficiários do Bolsa Família e do “Minha Casa Minha Vida”, que deverá ser lançado no final de setembro. O objetivo é incentivar o empreendedorismo, financiando a compra de equipamentos e ferramentas que possam ser aplicados em atividades que aumentem a renda dos participantes dos programas. Um fundo será criado para garantir os empréstimos bancários e existe a expectativa de que o sucesso dos empreendimentos permita que muitas famílias se emancipem do Bolsa Família. Qualquer semelhança com o crédito consignável em folha de pagamento salarial, com o microcrédito ou com o suspenso “Minha Casa Melhor” pode ser considerada como mera coincidência ou dificuldade na criatividade.

Acúmulo de aposentadoria e pensão

Está circulando mais uma proposta para figurar na reforma da Previdência Social, tanto para os servidores públicos quanto para os trabalhadores da iniciativa privada. Trata-se da proibição de uma pessoa aposentada receber os seus proventos e a pensão integral decorrente do falecimento do seu cônjuge, como ocorre atualmente com 2,39 milhões de beneficiários. Umas das sugestões é simplesmente proibir o acúmulo. Outra é definir um teto de recebimento e uma terceira seria garantir a aposentadoria acompanhada de um certo percentual do valor da pensão. De qualquer maneira, a medida só se aplicará para os casos futuros, pois os casos atuais são considerados como direito adquirido.

Aumentos salariais

Um terço dos trabalhadores da iniciativa privada que fizeram negociações salariais em julho fecharam acordo com índices abaixo dos 8,97% de inflação dos 12 meses anteriores medida pelo IPCA do IBGE. Enquanto isso, PT e PMDB se aliaram na comissão de assuntos econômicos do Senado para defender um aumento de mais de 16% nos salários dos Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que é o teto salarial do funcionalismo público federal e também serve para reajustar em cascata, automaticamente, os salários do Poder Judiciário e do Ministério Público da União e dos Estados. Haja tributos para garantir a fúria desse grupo de operadores do direito.

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Vale a leitura

por Luis Borges 24 de agosto de 2016   Vale a leitura

Motivos para a ação

Trabalhar com o que se gosta e se sustentar com uma felicidade permanente é um sonho ilusionista de muita gente. Não se pode esquecer que o trabalho é feito de inspiração e de muita transpiração, pois seus processos não são lineares e cada dia tem seus desafios. É fundamental ter os motivos que levem à ação para que as coisas aconteçam, e isso parte de dentro de cada um, por mais que as pessoas reclamem ou se vitimizem perante a realidade. Isso vale para todas as faixas etárias, inclusive para os jovens no início da carreira profissional. Nesse sentido é muito interessante esta entrevista concedida pelo filósofo Mário Sérgio Cortella à Exame.com. Leia um trecho:

“Uma das melhores coisas da vida é fazer o que se gosta. Só um tonto vai querer fazer algo desagradável. O que não posso esquecer é que, para chegar ao resultado de que eu gosto, há várias etapas pelas quais eu passarei que serão desagradáveis. Sempre é necessário um desgaste para que você atinja um resultado”.

Tudo certo, Presidente ou Presidenta

A enorme discussão gerada pelo ato de Dilma Rousseff ao escolher ser chamada “Presidenta” teve mais um episódio. Foi a afirmação de Carmem Lúcia, que ao ser eleita para presidir o Supremo Tribunal Federal (STF) disse que quer ser chamada de “Presidente” usando a seguinte frase: “eu fui estudante e eu sou amante da língua portuguesa, eu acho que o cargo é de presidente, não é não?”.

O professor Pasquale Cipro Neto mostra em seu artigo Data venia, ministra Carmen Lúcia, o cargo é de ‘presidente’ ou ‘presidenta’ que “presidenta” era um neologismo em 1913 quando foi incluído no Dicionário de Cândido de Figueiredo. Ele arremata dizendo que:

“Deve-se tomar muito cuidado quando se usa como argumento o registro num dicionário. Nada de dizer que “a palavra existe porque está no dicionário”; é o contrário, ou seja, a palavra está no dicionário porque existe, porque tem uso em determinado registro linguístico”.

Como se vê pelo artigo, a estudante Carmem Lúcia, amante da língua portuguesa ainda tem matéria para estudar.

E se vier a dependência?

Quem trabalha com planejamento estratégico faz uma análise da conjuntura e dos cenários em que seu negócio se desenvolve. No mínimo, são estudados um cenário positivo, um negativo e um mais provável. Se trouxermos isso para a vida dos idosos brasileiros, qual seria o cenário para as pessoas que tem 60 anos de idade ou mais? Um dos cenários possíveis é mostrado por Cláudia Collucci em seu artigo Quem vai empurrar a minha cadeira de rodas?

Hoje é grande o número de pessoas que não puderam ou não quiseram ter filhos, as famílias estão menores, os filhos estão distantes, as mulheres, antes cuidadoras naturais, estão no mercado de trabalho, enfim, por uma série de razões não há mais certeza alguma para a pergunta: quem vai cuidar de mim? Na verdade, envelhecer é uma novidade para nós. Famílias, administradores públicos e profissionais de diversas áreas ainda estão tentando entender e se adaptar a esse fenômeno”.

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Você me abandonou

por Luis Borges 22 de agosto de 2016   Música na conjuntura

A campanha eleitoral oficial, com duração de 45 dias, está em andamento para os candidatos a prefeito e vereador das cidades brasileiras. Algumas mudanças nas regras do jogo – como a proibição do financiamento privado das campanhas dos candidatos e a redução do tempo de exposição das propostas aos eleitores – podem até nos dar a sensação de inovação. Mas em quem acreditar nessa altura da combalida democracia representativa, quando já prevalece em boa parte da população a anomia, a perda de identidade com o que aí está?

Tomando como referência a cidade de Belo Horizonte podemos tentar nos lembrar das eleições municipais de 2012 e avaliar os resultados – positivos e negativos – alcançados pelos eleitos para prefeito, vice-prefeito e vereadores.

Se olharmos só para os atuais 11 candidatos a prefeito veremos que cinco deles são deputados federais, dois são deputados estaduais e um é vice-prefeito e ex-deputado estadual . Além disso, uma deputada federal e um deputado estadual são candidatos a vice-prefeito. Vale a pena repetir a pergunta feita pelo repórter Eduardo Costa, da Rádio Itatiaia: o que cada candidato fez pela cidade de Belo Horizonte durante o exercício de seu mandato? Eu também gostaria de conhecer o diagnóstico e o prognóstico que fazem para a cidade, além de saber se eles já estudaram a Lei Orgânica do Município e se já estudaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2017, primeiro ano do mandato de quem for eleito.

Como geralmente a maioria dos candidatos só aparece em tempos de eleição, de dois em dois ou de quatro em quatro anos, só falta agora alguém aparecer falando em fidelidade, em compromissos que raramente serão cumpridos mas sempre lembrados nessas ocasiões.

Por isso continua sempre atual e facilmente aplicável a música Você me abandonou, de autoria de Alberto Lonato, que você ouve abaixo na interpretação da Velha Guarda da Portela. Mudar o que precisa ser mudado depende só de nós.

Você me abandonou
Fonte: Letras.mus.br

Você me abandonou 
Ô ô eu não vou chorar
Mas hei de me vingar
Não vou te ferir
Eu não vou te envenenar
O castigo que eu vou te dar é o desprezo 
Eu te mato devagar
O desprezo é uma arma perigosa
É pior do que uma seta venenosa 
O desprezo para quem sabe sentir
Muitas vezes faz chorar
Outras vezes faz sorrir
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